O Banco Popular da China anunciou esta segunda-feira uma redução de dez pontos base, para 1,85%, nas taxas que aplica aos acordos de recompra a 14 dias, um dos seus instrumentos de injeção de liquidez no sistema financeiro.

Em comunicado, o banco central chinês anunciou uma operação de 74,5 mil milhões de yuan (cerca de 9,471 mil milhões de euros) a 14 dias à taxa acima referida.

Os acordos de recompra a 14 dias são raros: o último que o banco central efetuou até então datava de 9 de fevereiro.

A instituição realiza acordos de recompra a sete dias quase diariamente e anunciou esta segunda-feira um acordo de recompra de 160,1 mil milhões de yuan (20,353 mil milhões de euros).

A baixa frequência dos acordos de recompra a 14 dias, em comparação com os acordos de recompra a sete dias, pode explicar a redução da taxa: em julho passado, o banco central chinês reduziu em 10 pontos de base a taxa destes últimos, que já se encontravam em mínimos históricos e que, desde então, estão a ser negociados a 1,7%.

No comunicado difundido esta segunda-feira, a instituição sublinhou que a taxa dos acordos de recompra a 14 dias é 15 pontos de base superior à taxa dos acordos de recompra a sete dias, o que sugere que se trata de uma mera atualização: aquando da última operação deste tipo, a taxa era de 1,95%, contra 1,8% para a taxa dos acordos de recompra a sete dias.

O banco central indicou que a razão para efetuar estas operações é "manter um nível razoável de liquidez no sistema bancário no final do trimestre".

Os acordos de recompra a 14 dias em fevereiro foram anunciados na véspera do Ano Novo Chinês, a principal época festiva do ano na China, enquanto neste caso ocorrem dias antes da "Semana Dourada", um período de férias que se segue à celebração do Dia Nacional, a 01 de outubro.