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Banco central angolano afasta intervenção no mercado cambial

Manuel Tiago Dias referiu ainda que não tem sido verificada uma desvalorização do kwanza nos últimos meses.

O plano de recapitalização do Banco Económico, herdeiro do BESA, foi aprovado em 2021 pelo Banco Nacional de Angola.
DR
15 de Março de 2024 às 17:14
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O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) afastou esta sexta-feira qualquer intervenção no mercado angolano e disse que o volume de divisas transacionadas nos primeiros meses do ano ficou acima do esperado.

Manuel Tiago Dias respondia hoje às perguntas dos jornalistas em conferência de imprensa, após a reunião do Comité de Política Monetária e sublinhou que "no contexto atual, não há necessidade, para já, de qualquer intervenção do BNA no mercado cambial".

Até porque, prosseguiu, nos meses de janeiro e fevereiro se registou um aumento das disponibilidades em moeda estrangeira no mercado cambial, superior à estimativa media de 600 milhões de dólares (551 milhões de euros) por mês.

"O que podemos constatar com o resultado das vendas nos meses de janeiro e fevereiro é que estas corresponderam às nossas expectativas, até se situaram acima", afirmou, precisando que em janeiro foram transacionados no mercado cambial 986 milhões de dólares (905 milhões de euros) e em fevereiro mil milhões de dólares (918,4 milhões de euros).

"Nota-se claramente que estamos dentro daquilo que eram as  nossas previsões que apontavam para uma média de 600 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2024. Com base na informação atualmente disponível, no segundo trimestre também deveremos ter vendas de divisas na plataforma Bloomberg acima dos 600 milhões de dólares", adiantou o responsável.

Manuel Tiago Dias referiu ainda que não tem sido verificada uma desvalorização do kwanza nos últimos meses.

"Temos registo de uma significativa depreciação ocorrida nos meses de maio e junho do ano passado e de lá para cá verifica-se uma relativa estabilidade", disse, sublinhando que as transações ocorrem livremente, essencialmente na plataforma da Bloomberg, sem intervenção do BNA.

Quanto à valorização da moeda angolana, "não depende de decisões administrativas", realçou. "Há-de ser uma consequência do aumento da produção interna, designadamente se o nosso país produzir bens e serviços capazes de gerar receitas em moeda estrangeira como acontece no setor petrolífero e mineiro", disse o governador do BNA, apontando também o aumento dos turistas estrangeiros como positivo.


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