Fernando Serrasqueiro

Secretário de Estado da Defesa do Consumidor

Ter acesso a um "spread" mais baixo implica, muitas vezes, subscrever vários produtos, como o cartão de crédito ou contas de poupança. Mas será que os custos envolvidos compensam o "spread" oferecido?

Para ajudar a responder a esta pergunta, o Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros a criação de uma taxa, além da TAE, que inclui todos os custos associados a estes produtos, facilitando a comparação das propostas dos bancos. O Governo vai limitar ainda as alterações aos "spreads" dos contratos à habitação já em vigor.

O secretário de Estado da Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, anunciou ontem a obrigatoriedade das instituições financeiras informarem os clientes da taxa anual efectiva revista (TAER), quando o "spread" depender da contratação de outros produtos. Esta taxa será na verdade "um comparador para podermos esclarecer os consumidores" em relação a todos os custos associados, afirmou o responsável.

"Importava saber se o benefício da redução do 'spread' é maior do que os custos associados" aos produtos que são contratados, acrescentou. É que, às vezes, o crédito menos dispendioso não é necessariamente o que tem o "spread" mais baixo.