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Arábia Saudita quer atrair investidores estrangeiros para a sua bolsa

O regulador de mercado de capitais quer que a bolsa saudita passe das actuais 170 empresas para 250. A capitalização de mercado poderá atingir os 750 mil milhões de dólares em sete anos.

Reuters
05 de Abril de 2016 às 11:42
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Depois de anos desligada dos investidores estrangeiros, a Arábia Saudita quer agora convidá-los para o mercado de capitais do reino. Vai colocar em marcha um programa de privatizações aberto a investidores de todas as nacionalidades, estratégia que deverá atrair capitais numa altura marcada pela quebra das receitas do país. 

O plano apresentado pelo regulador de mercado, a Capital Market Authority, prevê que o índice Tadawul All Share cresça das actuais 170 empresas para 250. A capitalização de mercado deverá subir de 380 mil milhões para 750 mil milhões de dólares (dimensão do PIB saudita) em sete anos.

"O mercado está a atravessar grandes reformas de forma a facilitar a chegada de investimento à Arábia Saudita e a bolsa vai desempenhar um grande papel para canalizar investimento estrangeiro", apontou o analista da Schroders, Rami Sidani. "A privatização agressiva é importante para ajudar a economia a diversificar-se do petróleo", disse à Bloomberg.

O Governo quer "assegurar que o mercado torna-se um representativo real da economia em termos de tamanho", afirmou Mohammed Al-Jadaan, presidente da Capital Market Authority, citado pela Bloomberg. Além do mercado de capitais, o regulador da bolsa também quer desenvolver o mercado de dívida e o de derivados.

Com o colapso dos preços do petróleo para valores em torno dos 40 dólares, o maior produtor mundial procura alternativas para diminuir o peso da matéria-prima na economia saudita. Desta forma, o Governo saudita apresentou um plano de crescimento para o país que visa garantir a sustentabilidade do estado além das receitas do petróleo. Esse projecto está a ser liderado pelo príncipe Mohammed bin Salman (na foto).


A Arábia Saudita aprovou novas medidas orçamentais tendo em vista arrecadar mais 100 mil milhões de dólares por ano até 2020, triplicando assim as actuais receitas que não têm origem no petróleo. Pretende abrir o capital da petrolífera estatal saudita, Aramco, o que marcará o arranque daquele que será o maior fundo soberano mundial, com activos no valor de dois biliões.

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