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Aplicações de particulares em fundos aumentam 5.000 milhões em 2021

O Banco de Portugal lembrou que a atividade dos fundos tem vindo a crescer desde o início de 2019, com exceção de março de 2021, marcado pelo começo da pandemia de covid-19.

Tiago Sousa Dias
10 de Fevereiro de 2022 às 17:55
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Os fundos de investimento tinham emitido 35.500 milhões de euros de unidades de participação no final de dezembro, o valor mais elevado desde janeiro de 2008, com mais 5.000 milhões de euros das aplicações de particulares, divulgou esta quinta-feira o BdP.

"No final de dezembro de 2021, os fundos de investimento tinham emitido 35.500 milhões de euros de unidades de participação, o valor mais elevado desde janeiro de 2008", informou o Banco de Portugal (BdP).

Conforme explicou o banco central, o crescimento observado em 2021 "foi maioritariamente explicado por transações positivas", uma vez que o montante de unidades de participação emitidas superou em 4.600 milhões de euros o montante amortizado.

O BdP lembrou que a atividade dos fundos tem vindo a crescer desde o início de 2019, com exceção de março de 2021, marcado pelo começo da pandemia de covid-19.

No ano passado, os fundos de obrigações, os fundos mistos e os fundos de ações foram os que mais unidades de participação emitiram: 1.700 milhões de euros, 1.500 milhões e 1.200 milhões, respetivamente.

Já os fundos imobiliários registaram mais amortizações do que emissões de unidades de participação (-300 milhões de euros).

Segundo os dados do BdP, todos os tipos de fundos apresentaram valorizações em 2021, mas as mais expressivas ocorreram nos fundos de ações, cujas unidades de participação se valorizaram 700 milhões de euros.

"Desde 2019 que os particulares têm reforçado o seu investimento em unidades de participação", apontou o banco central, referindo que, no final de 2021, "detinham 54% do total de unidades de participação emitidas e mais 5.000 milhões de euros de unidades de participação do que no final de 2020".

No ano passado, os fundos aumentaram o seu investimento em títulos de capital e em títulos de dívida nos montantes de 3.200 e 900 milhões de euros, respetivamente.

Pelo contrário, o investimento em ativos não financeiros reduziu-se 400 milhões de euros.
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