Luís Saramago Carita, administrador do Banif e responsável pela categoria de fundos de investimento imobiliário, fundamenta as elevadas rendibilidades destes produtos – tanto o Imopre-dial como o Imogest lideram há varias semanas os retornos a um ano – com a diversificação. Segundo o gestor, os seus fundos destrinçam-se da concorrência pelo facto de não concentrarem os investimentos no Porto e Lisboa.

O Banif tem liderado as rendibilidades dos fundos de investimento imobiliário (FII). Este segmento é uma aposta forte?

Esses resultados são devido a dois factores. À melhor gestão de liquidez, dando resposta à liquidez que temos. Por outro lado, devido ao tipo de arquitectura de negócio que tem assentado nalguma diversificação geográfica, não existindo uma concentração apenas nas áreas de Lisboa e Porto. Desta forma entramos em mercados onde a taxa de retorno é acima da média e o risco não é tão grande como isso. Como não há a fobia das "yields" que existe no mercado de Lisboa, acaba por ser mais perfeito.

Mas o risco desses mercados é superior ao dos centros urbanos.

O risco é maior e por isso fazemos as operações de grande volume de investimento no mercado lisboeta e do Porto e outras de menor investimento nos outros mercados, onde conseguimos o "pick up" face aos outros.

Como funciona a distribuição de rendimentos dos fundos? O que os diferencia?

Ambos têm acumulado os rendimentos, indo de encontro às perspectivas dos clientes. Esta lógica faz com que os lucros que provêm de determinados projectos sejam investidos noutros, criando um efeito multiplicador na rendibilidade. Em relação aos montantes, o Banif Imopredial tem cerca de 165 milhões de euros, ao passo que o Banif Imogest que tem 33 milhões de euros mas está em processo de aumento de capital e vai subir para 73 milhões de euros, com novas subscrições.