Notícia
Europa ganha pelo terceiro dia à boleia de dados económicos. Ouro de olho na Fed
Acompanhe aqui o dia dos mercados.
Apetite pelo risco agrava juros
A dívida soberana dos países do euro revelou esta quarta-feira menos atratividade aos olhos dos investidores, que estão voltados para os ativos de maior risco, como as ações.
Assim, as obrigações seguiram em queda na sessão de hoje e, consequentemente, os juros estiveram em alta.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos fecharam a subir 5,1 pontos base para -0,011%, ao passo que em Itália, na mesma maturidade, avançaram 1,7 pontos base para 0,534%.
Já no Reino Unido inverteram das quedas, à espera da decisão de amanhã do Banco de Inglaterra sobre as taxas de juro, tendo avançado 1,2 pontos base para 0,270%.
Por seu lado, as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguiram a mesma tendência, a agravarem-se em 4,4 pontos base para -0,570%. Tratou-se da maior subida desde 9 de novembro.
Na maturidade a dois anos, os juros da dívida portuguesa (-0,746%) encerraram muito perto dos da Alemanha (-0,744%) e estiveram a ponto de encerrar abaixo das Bunds – o que seria a primeira vez desde 2009 – devido à inexistência de oferta.
Europa ganha pelo terceiro dia à boleia de dados económicos
O índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa terminou pela terceira sessão consecutiva em alta, animado com os dados económicos melhores do que o esperado da Alemanha e França.
O Purchasers’ Management Index destes dois países melhorou, com a Alemanha a atingir os 52,5 em dezembro, face à estimativa de 50,5, impulsionado sobretudo pelo segmento industrial, nos 58,6, enquanto os serviços se ficaram pelos 47,7.
No conjunto da Zona Euro, a estimativa rápida deste mês aponta para os 49,8, acima dos esperados 45,7, e portanto também muito perto da expansão.
O Stoxx 600 ganhou 0,8% com praticamente todos os setores a negociar em alta, salientando-se as seguradoras (+2,2%).
O setor da banca foi o mais prejudicado (-1,1%) reagindo à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) recomendou que as instituições financeiras remunerem os acionistas até 15% dos lucros obtidos.
Euro próximo de máximos de 2018
O euro segue em alta face ao dólar, numa sessão em que a divisa dos Estados Unidos está a ser pressionada pelas perspetivas de mais estímulos orçamentais e monetários.
Isto porque a Reserva Federal dos Estados Unidos poderá anunciar hoje um reforço do programa de compra de ativos, ao mesmo tempo que se espera um entendimento entre democratas e republicanos sobre o novo pacote de estímulos à economia.
Os dois fatores ajudaram o euro a superar hoje a barreira de 1,22 dólares pela primeira vez desde 2018. Nesta altura, a moeda única avança 0,26% para 1,2182 dólares.
Petróleo cede terreno com aumento de stocks em Cushing
As cotações do "ouro negro" seguem em ligeira baixa nos principais mercados, pressionadas pela subida dos inventários em Cushing (Oklahoma).
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro cede 0,44% para 47,41 dólares por barril.
Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,22% para 50,65 dólares.
A Agência norte-americana de Informação sobre Energia anunciou que as reservas de cride caíram em 3,1 milhões de barris na semana passada, quando os analistas previam uma queda de apenas 1,9 milhões.
No entanto, em Cushing (Oklahoma) – onde o WTI é armazenado – os stocks aumentaram em 198.000 barris, o que colocou alguma pressão no mercado.
Uma vez que Cushing funciona como o ponto de fixação do preço do WTI, o aumento das reservas coloca uma pressão negativa nos preços 'spot', o que origina o chamado fenómeno do contango – quando os contratos de futuros têm preços superiores aos de entrega imediata.
Saliente-se que como é em Cushing que é armazenado o petróleo transaccionado no NYMEX (Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque), este excedente faz cair os preços locais do crude em relação ao ouro negro que é entregue noutras regiões do mundo.
Ouro em alta pela segunda sessão à espera da Fed
O ouro está em alta esta quarta-feira pela segunda sessão consecutiva com os investidores a aguardarem o final da última reunião do ano da Reserva Federal e a avaliarem os progressos nas negociações sobre os novos estímulos à economia dos Estados Unidos.
A reunião de política monetária da Fed termina esta quarta-feira e o mercado aguarda novas indicações sobre o programa de compra de ativos.
Ao mesmo tempo, democratas e republicanos estão perto de um acordo sobre um pacote de estímulos inferior a 900 mil milhões de dólares, que esperam aprovar até ao final da semana, segundo fontes citadas pela Bloomberg.
Nesta altura, o ouro avança 0,23% para 1.857,85 dólares.
Wall Street escorrega na corda bamba à espera dos estímulos
A bolsa nova-iorquina voltou a abrir em baixa, embora muito ligeira, perto da neutralidade. Os investidores mostram cautela em mais um dia de negociações do pacote de estímulos nos Estados Unidos, uma tarefa que tem conhecido um caminho longo e difícil.
O generalista S&P500 desce 0,031% para os 3693,49 pontos, o industrial Dow Jones cai 0,087% para os 30.173,04 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 0,094% para os 12.583,43 pontos.
Os líderes do Congresso aparentam estar mais perto de deixarem passar um pacote de 748 mil milhões de dólares prontos a injetar numa economia debilitada pela covid-19, mas as negociações continuam a decorrer. Este montante seria particularmente útil uma vez que os benefícios concedidos anteriormente começam a expirar no final do ano.
Hoje é ainda dia da Reserva Federal norte-americana concluir a reunião de dois dias. Espera-se que o presidente, Jerome Powell, se apresente com uma postura branda e dê pistas sobre os programas de compra de obrigações.
Juros de Portugal corrigem de sete sessões em queda
As taxas de juro das obrigações portuguesas estão a subir pela primeira vez em oito sessões, mas a yield dos títulos a 10 anos permanece com sinal negativo e muito próximo de mínimos históricos. A dívida portuguesa segue o desempenho das congéneres europeias, numa sessão em que as expetativas de mais estímulos por parte do Congresso dos EUA e da Reserva Federal levam os investidores a reforçar a aposta em ativos de maior risco, como as ações.
A taxa das obrigações portuguesas a 10 anos avança 1,1 pontos base para -0,05% e nas bunds alemãs o agravamento é de 2 pontos base para -0,594%.
Dados económicos positivos levam Europa a máximos de fevereiro
As principais praças europeias seguem sólidas no verde, num dia animado por dados económicos positivos e pela perspetiva de estímulos nos Estados Unidos.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, o Stoxx600, avança 0,91% para os 396,41 pontos, mas grande parte das praças ultrapassam mesmo a barreira do 1%, como é caso de Frankfurt, Londres, Amesterdão e Atenas. Para o Stoxx600 é a terceira sessão consecutiva no verde e dia de chegar a um novo máximo, de 26 de fevereiro.
A ajudar ao sentimento estão dados económicos positivos na Europa, em particular em França e na Alemanha. O Purchasers’ Management Index destes dois países melhorou, com a Alemanha a atingir os 52,5 em dezembro, face à estimativa de 50,5, impulsionado sobretudo pelo segmento industrial, nos 58,6, enquanto os serviços se ficaram pelos 47,7. Apesar de também nos serviços o número ter surpreendido pela positiva, significa ainda contração, pois situa-se abaixo da fasquia dos 50. Em França, a estimativa de dezembro marca 49,6, distanciando-se dos 40,6 anteriormente estimados. No conjunto da Zona Euro, a estimativa rápida deste mês aponta para os 49,8, acima dos esperados 45,7, e portanto também muito perto da expansão.
Olhando aos setores, o da banca é aquele que mostra uma maior fraqueza, num dia em que o Banco Central Europeu levantou a proibição de distribuir dividendos mas impor limites apertados aos payouts, de forma a preservar a solidz das instituições em contexto pandémico.
Do outro lado do atlântico, chega ainda a confiança em relação a novos apoios à economia. Hoje, a Fed termina dois dias de reunião e espera-se que apresente uma postura branda. Isto, ao mesmo tempo que o pacote de estímulos orçamentais nos Estados Unidos parece estar a avançar.
Euro acima de 1,22 dólares pela primeira vez desde 2018
O dólar continua a perder terreno no mercado cambial, devido às perspetivas reforçadas de mais estímulos orçamentais e também monetários, uma vez os sinais apontam para um entendimento entre democratas e republicanos no Congresso e a Reserva Federal deverá avançar esta quarta-feira com mais medidas para impulsionar a economia norte-americana.
O euro valoriza 0,41% para 1,2201 dólares, transacionando acima dos 1,22 dólares pela primeira vez desde abril de 2018. A moeda europeia marca a terceira sessão seguida de ganhos e já acumula uma valorização de quase 9% este ano face à nota verde.
Fed branda põe ouro a mexer
O ouro está a valorizar 0,07% para os 1.854,57 dólares por onça, depois de ter ganho – mais solidamente, perto dos 1,5% - na última sessão.
O metal amarelo está a beneficiar de uma concorrência mais fraca, com o dólar a perder valor, numa altura em que a reunião da Fed pesa positivamente sobre o metal precioso. A reunião da Fed, quue termina esta quarta-feira, "pode ser acomodatícia o suficiente para pôr o ouro a mexer", aponta a Guardian Vaults, citada pela Bloomberg.
Inventários tiram petróleo da ribalta
O petróleo recua de máximos de 10 meses desmoralizado por um relatório da indústria, o qual aponta para um aumento nas reservas de crude nos Estados Unidos.
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, cai 0,49% para os 50,51 dólares, praticamente na mesma medida do "irmão" West Texas Intermediate, que segue a cotar nos 47,40 dólares.
O Instituto Americano de Petróleo reportou que o número de barris nos inventários norte-americanos subiu 1,97 milhões de barris na semana passada, de acordo com pessoas familiarizadas com os dados, citadas pela Bloomberg. A verificar-se, será o segundo ganho semanal consecutivo.
Ações avançam confiantes com Fed e estímulos à porta
As bolsas asiáticas valorizaram e é no mesmo sentido que os futuros da Europa e dos Estados Unidos apontam – neste último caso para dar o primeiro ganho em cinco sessões.
O momento é de otimismo numa altura em que se espera que o Congresso norte-americano esteja mais perto de fechar um pacote de estímulos orçamentais, que viriam robustecer a maior economia do mundo. Paralelamente, termina hoje a reunião de dois dias da Reserva Federal, e espera-se que a instituição dê indicações sobre o programa de compra de obrigações ou mesmo que anuncie ajustes.
Na Ásia, os ganhos foram modestos mas espalharam-se pelas várias praças, entre as quais se destacaram Hong Kong e a Austrália, com um pouco de mais força, acima dos 0,7%. Neste sentido, um índice de referência das ações da Ásia-Pacífico prepara-se para atingir um novo máximo de fecho recorde.
"Há uma hipótese muito sólida de uma recuperação cíclica", afirma um analista da Wells Fargo Management, em declarações à Bloomberg. "A melhor aposta por agora é que a Fed apenas avance alguma da orientação para o futuro e tente preservar tantas opções quanto possível".