A sua semana em 8 gráficos: Ano começa de forma pessimista nas bolsas e na dívida

Após o otimismo sobre o corte de juros, que levou ao alívio das “yields” e à subida das ações em 2023, as primeiras sessões do ano foram de cautela. O lisboeta PSI e o madrileno Ibex 35 foram exceções à onda vermelha que invadiu as bolsas mundiais.

"Rally" dá lugar a alívio nas bolsas

As principais bolsas mundiais corrigiram no arranque de 2024, depois de um fecho glorioso o ano passado, à boleia da expectativa de cortes de juros diretores durante este ano. Em contraciclo com as principais praças, Lisboa e Madrid terminaram a semana no verde.

Lisboa em máximos de um mês

A principal montra da bolsa de Lisboa, o índice PSI, terminou a semana em máximos de um mês, tendo valorizado mais de 2%, depois de ter fechado as duas últimas semanas do ano passado em terreno negativo, ainda que no acumulado de 2023 tenha somado mais de 11%.

Mota mantém fulgor de 2023

A Mota-Engil registou um ganho semanal de quase 13%, num período em que a construtora anunciou que vai adaptar a sua estratégia no seu maior mercado nos últimos dois anos, o México, para aproveitar o “nearshoring” dos EUA. Em 2023, a cotada triplicou o valor em bolsa.

Corte de “guidance” pressiona JD Sports

A JD Sports afundou depois de ter revisto em baixa (em 10%) a previsão dos lucros para o ano fiscal que termina em fevereiro. Já a Maersk liderou a tabela dos ganhos, numa altura em que informou que se vai manter o desvio à rota do Mar Vermelho num “futuro previsível”.

Vacina dá força a Moderna e Merck

A Moderna e a Merck continuam a ser beneficiadas pelos bons resultados, anunciados em dezembro, alcançados nos testes para a mais recente vacina para doentes com cancro. A Moderna foi também favorecida pelo otimismo dos analistas da Oppenheimer.

Bancos centrais ditam semana no câmbio

O dólar subiu contra o euro e a libra, após terem sido publicadas as atas da última reunião da Fed. Os membros do banco central dos_EUA acreditam que a política monetária deve manter-se restritiva “algum tempo”. O iene valorizou à espera de uma mudança “hawkish” no Banco do Japão.

Ouro negro arrecada mais de 2%

Os preços do petróleo Brent valorizaram mais de 2%, com os ganhos a serem sustentados pelas disrupções na produção na Líbia e pelos receios de novas tensões no Médio Oriente e dias antes da visita do secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, à região.

Juros agravam-se de forma expressiva

Os juros da Zona Euro acompanharam a tendência de agravamento nos EUA. Os investidores avaliam se o otimismo sobre cortes de juros foi demasiado expressivo em 2023, sobretudo com os mais recentes dados do emprego nos EUA darem sustentação a que não haja reduções tão cedo.

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Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt

06 de Janeiro de 2024 às 09:30

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