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A semana em oito gráficos: Bolsas europeias brilham e petróleo dispara com regresso em força ao risco
Os programas de estímulos monetários e orçamentais e os sinais que a economia poderão não afundar tanto como se temia abriu caminho para um regresso em força dos investidores aos ativos de maior risco. As bolsas europeias destacaram-se nos ganhos – Madrid e Frankfurt dispararam mais de 10% - e o petróleo regressou às subidas acentuadas. O movimento penalizou os ativos de refúgio, como o ouro, o dólar e a dívida alemã.
Semana de máximos para a Europa com Madrid a brilhar

As praças europeias tiveram uma nova semana em alta, alargando o ciclo de ganhos pela terceira semana seguida. É o melhor ciclo de ganhos do ano, com os investidores animados com os estímulos anunciados pelo BCE e governo alemão. O espanhol IBEX foi o que mais valorizou (conseguiu o mehor desempenho desde a crise financeira de 2008), à boleia da boa prestação da banca – setor que tem grande preponderância na praça madrilena. Também o Dax, de Frankfurt, conseguiu uma subida de dois dígitos à boleia de novos estímulos anunciados pela chanceler Angela Merkel.
PSI-20 dispara pela terceira semana seguida

A bolsa nacional acompanhou as boas prestações das restantes bolsas europeias, com um ganho de 6,71%, o que significa o maior ganho semanal desde o final de março deste ano. Contudo, as últimas duas sessões desta semana terminaram em território negativo, contrariando os ganhos europeus, na sexta-feira. Foi a terceira semana consecutiva, em que a praça portuguesa valorizou.
Pharol e BCP brilham em semana positiva para cotadas portuguesas

A Pharol liderou os ganhos no acumular desta semana, com uma valorização de 35%. A brilhar esteve também o BCP, que tocou em máximos de final de março deste ano, quase nos 12 cêntimos por ação. A construtora Mota-Engil foi outros dos destaques desta semana, principalmente depois de ter fechado um contrato em Angola no valor de 115 milhões de euros, o que lhe valeu uma subida a máximos de dois meses.
Imobiliário destaca-se na Europa

A semana na Europa foi especialmente positiva para o setor do imobiliário, um dos mais prejudicados pela pandemia, que começa agora a dar sinais de recuperação em bolsa. Exemplo disso foram os fortes ganhos da britânica Hammerson PLC e da parisiense Unibail-Rodamco-Westfield. No terceiro lugar dos melhores desempenhos surge a transportadora aérea IAG, com um ganho superior a 40%. Ainda assim, houve também cotada que perderam valor, como a Polymetal, a BioMerieux e a Sartoruis: todas com quedas superiores a 12%.
Aviação dá asas aos EUA

A American Airlines Group foi a cotada que obteve o melhor desempenho semanal nos Estados Unidos, com um ganho de 82% no acumular dos últimos cinco dias. Este tem sido um dos setores mais fustigados pela atual pandemia e está agora a querer recuperar. No segundo posto esteve a Simon Property, do setor do imobiliário, seguida da Occidental Petroleum, uma cotada de extração do ouro negro. No lado oposto estão as farmacêuticas, que corrigem dos fortes ganhos recentes, como a Incyte e a Vertex a perderem mais de 8%.
Euro continua ganhar terreno ao dólar

No mercado cambial, o dólar continua a cair para mínimos de várias semanas, numa altura em que o otimismo voltou a tomar conta do espírito dos investidores, que se viraram para ativos mais arriscados. Antes, com os mercados de ações em queda, o dólar tinha beneficiado com o seu caráter mais seguro, e tocado em máximos. O euro também beneficiou com os estímulos monetários e orçamentais, que devem atenuar a recessão na região.
Petróleo dispara quase 20%

Juros italianos aliviam com estímulos do BCE
