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A semana em oito gráficos: ouro bate recorde e ações sobem ao som dos bancos centrais
As ações valorizaram, os juros aliviaram no mercado da dívida, o euro cedeu face ao dólar e o ouro bateu um novo recorde, depois de o BCE ter deliberado (mais) um corte de 25 pontos base da taxa de juro diretora, e numa altura em que os investidores se preparam para um alívio da política monetária nos EUA.
Bolsas mundiais animadas por bancos centrais
As bolsas mundiais registaram ganhos expressivos, numa semana marcada pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar a taxa de juro diretora em 25 pontos base. Na Europa, o iíndice de referência Stoxx 600 subiu 1,85%, tendo contabilizado a melhor semana em um mês. Os investidores estiveram ainda a preparar-se para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana agendada para esta semana. O mercado antecipa o primeiro corte da taxas dos fundos federais, após o encontro de dois dias, que termina a 18 de setembro.
Bolsa de Lisboa em máximos de finais de julho
A principal montra da bolsa de Lisboa, o PSI, fechou a sessão desta sexta-feira, com uma subida acumulada de quase 2% para 6.838,52 pontos, renovando máximos de 24 julho. Entre as 16 cotadas que compõem o índice, apenas duas encerraram em terreno negativo, com os pesos pesados EDP Renováveis e Jerónimo Martins a comandarem os ganhos.
Gigantes de Wall Sreet puxa o brilho à EDP Renováveis
O setor das energias renováveis vive um bom momento, que não escapou ao olhar de dois gigantes de Wall Street. O Goldman Sachs reviu em alta o "target" do braço das renováveis da família EDP (mas também da casa-mãe), depois de também o Citi ter subido o preço-alvo da cotada liderada por Miguel Stilwell, que mantém como "top pick". As ações reagiram em alta a este otimismo, com um ganho acumulado superior a 4%. Já a Galp foi o único peso pesado do PSI a terminar a semana em terreno negativo, com uma queda acumulada acima de 2%. Este período foi marcado pela notícia de que a refinaria de lítio da Galp e Northvolt em Setúbal vai atrasar dois anos, para 2028.
Todos de olhos postos no Commerzbank
Pela Europa, há um negócio a centrar atenções: O UniCredit adquiriu uma participação de 9% no Commerzbank. Entretanto, o CEO do segundo maior banco italiano, Andrea Orcel, já admitiu que existe a possibilidade de uma oferta pública de aquisição (OPA) à instituição alemã. A operação pode resultar na criação de um novo gigante financeiro na Alemanha e seria uma das maiores fusões de sempre na região. As ações reagiram em alta, com um crescimento de cerca de 23%.
Moderna desinveste e ações não resistem
As ações da Moderna afundaram mais de 8%, depois de a farmacêutica ter anunciado que vai cortar na despesa com investigação e desenvolvimento. Em concreto, a cotada norte-americana pretende que este corte reduza a despesa em 1,1 mil milhões de dólares, o equivalente a 999 milhões de euros à taxa de âmbio atual, até 2027. Para já, a empresa vai focar-se na aprovação de 10 produtos pele regulador norte-americano para o medicamento (FDA, na sigla em inglês).
Euro recua ao som de Lagarde
O euro desvalorizou face ao dólar, depois da decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar a taxa de juro diretora em 25 pontos base para 4,5%. Além disso, a autoridade monetária reviu em baixa a estimativa de crescimento da economia da Zona Euro para 0,8% este ano, mantendo a projeção de uma taxa de inflação de 2,5%. O mercado aponta agora para uma probabilidade de 46,6% de um novo corte em outubro.
Ouro bate novo recorde
O ouro voltou a negociar em terreno nunca antes alcançado durante a tarde desta sexta-feira, tendo tocado nos 2.583,45 dólares por onça. A possibilidade, novamente em cima da mesa, de um corte de juros em 50 pontos base na próxima reunião de política monetária penalizou dólar e deu força ao metal amarelo. Um cenário de taxas de juro mais baixas é positivo para o metal, que não rende juros.
Juros aliviam de forma expressiva atentos à política monetária
“Corte”. A palavra que está a fazer mexer com os mercados. Os juros aliviaram de forma expressiva tanto na Zona Euro como nos EUA. Por um lado, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu cortar a taxa de juro diretora em 25 pontos base para 4,5%, mas sem definir uma trajetória específica para o futuro. Nos EUA, o mercado antecipa que a Reserva Federal (Fed) norte-americana decida realizar a primeira redução da taxa dos fundos federais na reunião agendada esta semana.