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80% dos fundos portugueses deram ganhos aos investidores
Seis meses volvidos desde o início do ano, chegou o momento de fazer contas aos investimentos. E neste balanço do primeiro semestre, os números são risonhos para os gestores de fundos nacionais que, na esmagadora maioria dos casos, conseguiram apresentar
Seis meses volvidos desde o início do ano, chegou o momento de fazer contas aos investimentos. E neste balanço do primeiro semestre, os números são risonhos para os gestores de fundos nacionais que, na esmagadora maioria dos casos, conseguiram apresentar resultados positivos aos seus clientes.
Entre os 299 fundos de investimento geridos em Portugal, e registados nas listagens da agência Bloomberg, cerca de 80% atingiram retornos positivos nos primeiros seis meses de 2007. Perante o bom momento das bolsas mundiais, os fundos mais expostos aos mercados accionistas foram os lideres do semestre, com particular destaque para as acções nacionais.
Do total de fundos mobiliários, imobiliários e especiais de investimento comercializados por sociedades gestoras portuguesas, 239 atingiram retornos positivos no primeiro semestre. Ou seja, 79,93%. Igualmente significativo é o facto de 14,05% destes fundos que fecharam o semestre em terreno positivo, terem alcançado rendibilidades de dois dígitos. No topo das "performances" estão produtos que apostam nos mercados de acções.
As bolsas mundiais estão a viver uma das melhores fases dos últimos anos, mesmo com alguns "sustos" provenientes da China. A maior volatilidade testou os investidores, mas o balanço acaba por ser positivo para os resistentes. É que os fundos de acções são precisamente os que proporcionaram maiores ganhos aos investidores, no semestre que terminou na última semana.
A dominar o "top 10" nacional estão os Planos Poupança Acções (PPA), com seis representantes. Os restantes quatro são também fundos acções portuguesas. O Millenium PPA assume a liderança do semestre, ao registar uma rendibilidade de 39,06%, o dobro do registado pelo índice PSI-20. Segue-se o Santander PPA, com um retorno de 38,14%, enquanto o terceiro melhor desempenho pertence ao Millennium Acções Portugal, um fundo cuja aposta está 100% concentrada no universo de empresas cotadas na Euronex Lisbon.
A tendência altista da bolsa nacional potenciou os retornos destes instrumentos de investimento a longo prazo. Só nos primeiros seis meses de 2007, o índice de referência PSI-20 valorizou perto de 20%, tendo atingido níveis de liquidez recorde. Mas durante o mesmo período, seis fundos de acções portuguesas conseguiram bater o seu "benchmark". Millennium bcp, BPI, Santander, Espírito Santo Activos Financeiros, Caixagest, Barclays e Banif foram as gestoras nacionais que viram os seus fundos superar, nos primeiros seis meses do ano, o índice de referência PSI-20.