Esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores relativos a dezembro, que vão permitir avaliar as perspetivas dos consumidores no último mês de 2021 em relação à evolução da economia e perceber como encaram os empresários os desafios futuros à sua atividade económica. Os últimos dados divulgados mostram que, em novembro, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu "de forma significativa", após ter aumentado nos dois meses anteriores. O mesmo aconteceu com o indicador de clima económico que, de um modo geral, também diminuiu, com especial destaque para os setores do comércio e da construção e obras públicas. Já a confiança na indústria transformadora aumentou.

O Banco de Portugal vai publicar esta terça-feira um novo relatório sobre o mercado secundário, que compreende informação dos segmentos obrigacionista e acionista, relativo a dezembro. O relatório permitirá saber quais as taxas de rendibilidade das obrigações do tesouro, bem como dos índices de cotações de ações. Em novembro, as taxas de rendibilidade do PSI-20 e do Stoxx 50 caíram face ao mês anterior, enquanto as taxas de rendibilidade de obrigações do tesouro. Com a ómicron a assustar os mercados em dezembro e os juros da dívida a agravarem depois das decisões dos bancos centrais de avançar com cortes nos estímulos monetários, é esperado que tanto os juros como as obrigações tenham sido menos rentáveis em dezembro. Ainda assim, no acumulado do ano, as ações europeias registaram o maior "rally" desde 1998.

Depois de a inflação ter voltado a subir em Portugal em dezembro (segundo a primeira estimativa revelada esta segunda-feira pelo INE), é a vez de saber como evoluiu o índice de preços ao consumidor em França. Os dados, ainda que preliminares, vão permitir perceber se a tendência de aumento da inflação, que se verifica há seis meses consecutivos, marcou também o último mês do ano naquela que é a segunda maior economia europeia. Na Alemanha, será conhecida a taxa de desemprego  também referente a dezembro, depois de no mês anterior ter caído 5,3%. O gabinete de estatísticas europeu, Eurostat, vai ainda divulgar dados sobre o consumo de frutas e vegetais em 2019.

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) reúnem-se esta terça-feira, em Viena, para definirem as quotas de produção de petróleo para fevereiro. Tudo aponta para a manutenção do atual plano de colocar mensalmente no mercado mais 400 mil barris por dia, numa altura em que a OPEP+ tem vindo gradualmente a "desfazer" os cortes recordes de produção, de 10 milhões de barris por dia (cerca de 10% da produção mundial), acordados em março de 2020 devido à queda na procura provocada pela covid-19.

Esta terça-feira, a associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) vai revelar também os dados dos stocks de crude no país na semana passada. No dia seguinte, será a vez de serem conhecidos os números oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), que divulga os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina. A evolução das reservas norte-americanas é seguida sempre com muita atenção e é um dado que mexe com os preços da matéria-prima.