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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta terça-feira os investidores manterão as atenções viradas para o preço do petróleo, sobretudo nos Estados Unidos, onde ontem negociou com valores negativos.

21 de Abril de 2020 às 07:30
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Queda histórica do petróleo mantém atenções viradas para o setor

Depois da épica queda dos preços do petróleo nos EUA, que negociaram em valores negativos, chegando a afundar para -40 dólares por barril, hoje é dia de fecho do contrato de futuros de maio, o que poderá manter uma grande pressão sobre as cotações.

 

Uma vez que a capacidade de armazenamento de crude é cada vez menor nos Estados Unidos, numa altura em que a procura cai e os inventários aumentam, os operadores tendem a vender futuros prestes a expirar para apostarem em prazos de vencimento mais longos, daí o forte selloff observado no início da semana e que colocou o West Texas Intermediate em níveis nunca antes vistos.

 

Hoje a associação comercial norte-americana American Petroleum Institute (API) vai revelar os dados dos stocks de crude na semana passada. No dia seguinte será a vez de serem conhecidos os dados oficiais da Administração de Informação em Energia (IEA, na sigla original, que está sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia), que divulga os níveis dos inventários de crude dos EUA, bem como os stocks de destilados e gasolina. A evolução das reservas norte-americanas é seguida sempre com muita atenção e é um dado que mexe com os preços desta matéria-prima. Na semana passada, o nível dos inventários revelou uma enorme subida, o que castigou ainda mais os preços em bolsa.

 

A forte descida das cotações do crude pressionou fortemente as cotadas da área da produção da matéria-prima, o que penalizou as bolsas mundiais. A beneficiar estiveram as empresas donas de superpetroleiros.

 

Reporte de contas prossegue nos EUA

Depois de terem sido conhecidos os números dos grandes bancos norte-americanos, relativos ao primeiro trimestre deste ano, a apresentação de contas das empresas prossegue a todo o vapor esta semana nos EUA.

 

Hoje serão conhecidos os desempenhos de empresas como a Netflix, Coca-Cola, SAP, Lockheed Martin e Texas Instruments.

 

Dados económicos em foco

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o relatório às empresas sobre o impacto da covid-19 na semana de 13 a 17 de abril.

 

Na Europa, destaque para a taxa de desemprego no Reino Unido em fevereiro, para a balança comercial de fevereiro em Espanha e para o índice ZEW do sentimento económico este mês na Zona Euro e na Alemanha.

 

Já os Estados Unidos revelam a evolução das vendas de casas em segunda mão no mês de março.

 

Parlamento britânico regressa à atividade

O Parlamento britânico volta aos trabalhos. Parte dos deputados estará na Câmara e outra parte participará das sessões à distância, por videoconferência. Na lista de prioridades deverá continuar o combate ao novo coronavírus e a estratégia a adotar.

As candidaturas de empresas para aderirem aos apoios do Estado para o lay-off devido à pandemia abriram esta segunda-feira no Reino Unido e na primeira meia hora foram 67 mil as empresas que solicitaram a adesão ao regime. Esta "corrida" é justificada com a proximidade da data de processamento dos salários de abril. O regime de lay-off simplificado devido à covid-19 no Reino Unido prevê que o Estado pague 80% dos salários dos trabalhadores abrangidos, até um limite de 2.500 libras (2.872,5 euros ao câmbio atual) mensais.

 

 

Membro do BCE discursa num evento

Yannis Stournaras, um dos membros do Banco Central Europeu (BCE), estará presente num evento, onde irá discursar.

 

O responsável, que é o governador do banco central da Grécia, poderá dar algumas indicações sobre a resposta do BCE à crise, que já teve vários momentos e que tem em cima da mesa um plano de liquidez.

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