O primeiro-ministro britânico anunciou ontem que não quer marcar eleições antecipadas. Boris Johnson espera, por isso, que os deputados não aprovem legislação, esta terça-feira, que adie mais a saída do Reino Unido da União Europeia. A acontecer, ameaça eleições para 14 de outubro.

A legislação que deverá ser votada hoje já está finalizada – e o objetivo principal é impedir que haja uma saída sem acordo a 31 de outubro sem o consentimento do parlamento. Mas Johnson tem reiterado que, com ou sem acordo, a saída será no final do próximo mês. Se os deputados conseguirem impedir isso, conseguindo por exemplo mais três meses para negociar com a UE os moldes do Brexit, então o primeiro-ministro britânico está disposto a avançar para eleições antecipadas.

A votação acontece no dia que marca a "rentrée" do parlamento britânico, isto antes de ser suspenso até 14 de outubro, tal como foi pedido por Boris Johnson e aprovado pela rainha Isabel II.

A divisa britânica negociou ontem perto de mínimos de dois anos e meio, período que coincide com o referendo de junho de 2016 em que o Brexit venceu. A libra esteve a ceder face ao dólar, negociando perto dos 1,2 dólares, e também face ao euro, negociando abaixo dos 1,1 euros.
 

Foi a especulação de que possa haver eleições antecipadas marcada pelo governo, caso o parlamento britânico consiga impedir uma saída sem acordo a 31 de outubro, que esteve a penalizar a divisa (e a impulsionar a bolsa de Londres). Hoje, com a votação a decorrer, a moeda britânica continuará a estar no centro das atenções.

Os mercados norte-americanos regressam hoje à negociação, depois de arrancarem a semana de portas fechadas devido à comemoração do Dia do Trabalhador.

Agosto foi o segundo pior mês deste ano para as bolsas norte-americanas – apenas o mês de maio conseguiu uma performance inferior. Apesar disso - num claro exemplo da forte volatilidade que se viveu nas últimas semanas - o Dow e o S&P 500 registaram, entre 26 e 30 de agosto) a sua melhor semana de ganhos desde inícios de junho, enquanto o Nasdaq teve o melhor desempenho agregado (de segunda a sexta-feira) das últimas 10 semanas.

A concessionária estatal angolana e detentora dos direitos mineiros para a prospeção, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos vai apresentar hoje, em Luanda, um novo processo de licitações petrolíferas. Os blocos petrolíferos da Bacia do Namibe e Benguela que o Governo angolano vai apresentar esta terça-feira têm potencial para produzir "milhões de barris", segundo uma fonte da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).

Quase dez anos depois do último leilão, vão ser apresentadas as concessões relativas aos blocos das bacias marítimas de Benguela (Bloco 10) e do Namibe (Blocos 11, 12, 13, 27, 28, 29, 41, 42 e 43). Segundo a mesma fonte, o Governo angolano "já recebeu contactos e manifestação de interesse" de 30 a 40 empresas europeias, americanas, asiáticas e árabes.

Esta terça-feira serão divulgados vários indicadores económicos, como a produção industrial no Brasil e os gastos na construção nos Estados Unidos.

Na Europa, o destaque vai para o índice dos gestores de compras (PMI) para a construção.