Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta sexta-feira o grande destaque vai para a Moody’s, que poderá subir o “rating” da dívida soberana de longo prazo de Portugal. Das três grandes, só falta a Moody’s retirar Portugal do lixo, depois de ter sido a primeira a colocar a dívida lusa na categoria de investimento especulativo.
A Moody's, a única agência de notação financeira que mantém a dívida de Portugal num grau de investimento especulativo, tem agendada para esta sexta uma possível acção de "rating" para Portugal. A expectativa é a de que a entidade possa melhorar a sua avaliação, que está em "Ba1" (primeiro nível de lixo) com uma perspectiva positiva.
Também a DBRS se pode pronunciar sobre as obrigações de Portugal, tendo sido a única agência que manteve Portugal fora do lixo durante a crise e a vigência do programa de ajustamento da troika.
Maré negra nos mercados trava OPV da Sonae MC e IPO da Tencent
A oferta pública de venda da Sonae MC foi cancelada devido às condições adversas do mercado. "A Sonae SGPS informa que, face às condições adversas nos mercados internacionais, a oferta institucional não se concretizará, o que determinará, consequentemente, a não execução da oferta pública de venda de ações da Sonae MC", disse em comunicado a holding liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério.
As ordens até agora dadas ficam, assim, sem efeito. Esta sexta-feira terminava a primeira fase da venda no retalho, dia a partir do qual as ordens se tornavam irrevogáveis. Não chegou lá. A Sonae suspendeu a venda das acções, que poderiam colocar em bolsa a sua unidade de retalho - Sonae MC - até um limite máximo de 33,6%, mas que seria mais certo colocar entre 21,7% e 25%. Recorde-se que a reacção da Sonae no dia 5 de Outubro, sessão a seguir ao anúncio da OPV, tinha sido de descida, tendo perdido 0,81% para os 86,05 cêntimos.
Lá fora, a Tencent tomou a mesma decisão que a Sonae. A empresa que detém o maior serviço de streaming da China decidiu adiar o seu IPO pelo menos até Novembro devido ao "selloff" nos mercados globais, avançou o The Wall Street Journal citando fontes próximas da operação. As mesmas fontes referiram que a empresa deveria iniciar o "roadshow" na próxima semana e entrar em bolsa nos EUA na semana seguinte. A Tencent esperava uma avaliação entre os 25 mil e os 30 mil milhões de dólares.
Bolsas europeias em mínimos de 2016
A queda dos mercados norte-americanos e o contágio às bolsas asiáticas intensificaram ontem a aversão ao risco na Europa. A Grécia foi a excepção, já que a bolsa de Atenas foi a única a negociar em alta. As restantes principais praças europeias fecharam em terreno negativo. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou 1,98% para os 359,67 pontos, atingindo mínimos de Dezembro de 2016.
O principal catalisador da queda dos mercados foi o petróleo, a perder terreno devido aos receios em torno da menor oferta no mercado. Consequentemente, o sector energético foi dos que mais penalizou as bolsas europeias, acompanhado pelos sectores da banca e dos serviços financeiros. Esse efeito também chegou à bolsa nacional. A Galp Energia caiu 3,97% para os 15,85 euros, atingindo mínimos de Junho deste ano. O PSI-20 tropeçou 0,82% para os 4.994,35 pontos, mínimos de ano e meio.
Banca norte-americana divulga contas do trimestre
São vários os grandes bancos norte-americanos que reportam as contas relativas ao terceiro trimestre do ano ao longo dos próximos dias.
O Citigroup e o JPMorgan apresentam esta sexta-feira os seus resultados, dando o pontapé de saída na "earning seasons" da banca nos EUA.
Zona Euro divulga produção industrial
O Eurostat divulga hoje os dados relativos à produção industrial na Zona Euro em Agosto. Ainda na Europa, teremos os números das vendas a retalho na Finlândia.
Do outro lado do Atlântico, o destaque vai para o sentimento dos consumidores e os preços da importação e exportação.