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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quinta-feira teremos os resultados dos primeiros nove meses do ano da Ibersol e Reditus. Destaque também para os dados do desemprego e da inflação na Zona Euro e para a votação da reforma fiscal pelo Senado dos EUA. Por cá, as contas nacionais trimestrais do terceiro trimestre estarão em foco.
A Energias de Portugal anunciou ontem o lançamento de uma oferta para aquisição de títulos de dívida emitidos em dólares, numa operação onde vai gastar um máximo de 500 milhões de dólares em dinheiro.
Em comunicado à CMVM, a empresa liderada por António Mexia disse que esta "oferta se enquadra nas iniciativas destinadas a optimizar a carteira de passivos da EDP e aumentar a maturidade média da sua dívida, utilizando liquidez disponível para reduzir o montante da dívida bruta". Os termos da oferta aos investidores que detêm estes títulos não foram revelados neste comunicado.
São duas as emissões alvo da oferta. Uma com maturidade em Outubro de 2019, com uma taxa de cupão de 4,9% e que tem 969 milhões de dólares dispersos pelos investidores. E uma segunda, de 750 milhões de dólares, que foi emitida com uma taxa de cupão de 4,125% e chega à maturidade em Janeiro de 2020.
Ibersol e Reditus apresentam contas
Na bolsa nacional, as atenções dos investidores deverão voltar-se de novo para os resultados. Esta quinta-feira serão conhecidas, após o fecho da bolsa, as contas da Ibersol [que integra o PSI-20] e da Reditus entre Janeiro e Setembro, tendo a Teixeira Duarte divulgado os seus resultados logo após a meia-noite e reportado uma redução dos prejuízos nos primeiros nove meses.
As 14 empresas do PSI-20 que já apresentaram resultados obtiveram lucros de 2.853 milhões de euros, até Setembro, mais 48,5% do que no período homólogo.
BCP, REN e Sonae centram olhares
A taxa de juro que o Banco Comercial Português vai assegurar ao longo dos 10 anos de vida das obrigações subordinadas emitidas ontem poderá sofrer alterações ao sexto ano. "A emissão, no montante de 300 milhões de euros, tem um prazo de 10 anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do 5.º ano, e uma taxa de juro de 4,5%, ao ano, durante os primeiros 5 anos", indicou o comunicado do banco liderado por Nuno Amado. Esta taxa de 4,5% corresponde a um "spread" (diferencial) de 4,267% face à taxa "mid-swap" a cinco anos. Será este diferencial a determinar a taxa de cupão a partir do quinto ano e até ao décimo. Na prática, será a soma do diferencial e da taxa mid-swap então praticada que determinará o juro a pagar nesse período.
Outra cotada a que os investidores estarão atentos é a REN, cujos direitos de subscrição do aumento de capital encerraram ontem a disparar 17,56%. Depois de várias sessões com os direitos a pressionarem as acções, ontem verificou-se o inverso, com estas a beneficiarem de uma recomendação de "comprar" emitida pelo Haitong – o que animou, por sua vez, os direitos.
Também a Sonae estará em evidência, mas pelo falecimento – ontem – daquele que foi o responsável pela sua construção e crescimento, Belmiro de Azevedo.
Rendimento e condições de vida em foco
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados relativos ao rendimento e condições de vida, em 2017; o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas no comércio a retalho, em Outubro; o índice de produção industrial em Outubro; e as contas nacionais trimestrais no terceiro trimestre.
No resto da Europa, serão publicados os dados da taxa de desemprego na Zona Euro, referente a Outubro [anterior: 8,9%; estimativa: 8,9%], e a estimativa do índice de preços no consumidor, em Novembro [anterior: 1,4%; estimativa: 1,6%]. Destaque ainda para o PIB do terceiro trimestre em Espanha, bem como para a taxa de desemprego na Alemanha e Itália.
Nos EUA, teremos os números dos pedidos de subsídio de desemprego, na semana passada [anterior: 239 mil; estimativa: 240 mil]. A centrar também os olhares estará a votação da reforma fiscal no Senado.
Mercado espera mais cortes da OPEP
Um dos eventos mais aguardados da semana diz respeito à reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em Viena. Este tem sido um encontro sobre o qual se tem especulado muito, nas últimas semanas. As declarações de vários representantes do cartel fazem antecipar que seja acordado um prolongamento do corte de produção definido em Novembro do ano passado. Estes cortes terminam em Março do próximo ano. A expectativa de um prolongar dos cortes tem mantido o petróleo próximo de máximos de dois anos.
No mesmo domínio, a Administração de Informação em Energia (sob a tutela do Departamento norte-americano da Energia) apresenta os dados relativos aos inventários de crude na semana passada nos Estados Unidos.
Ainda no que diz respeito às matérias-primas, o Departamento norte-americano da Agricultura (USDA) apresenta os dados relativos às exportações de produtos agrícolas na semana passada.