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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta terça-feira, bolsas e juros da dívida estão em destaque. Por cá, as “yields” irão continuar a cair? Também os mercados accionista e cambial da África do Sul vão estar sob escrutínio, depois de a S&P ter cortado o rating soberano para lixo. E em França é dia de nova ronda de debates com os candidatos à presidência.

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Juros vão manter-se em mínimos de um mês? 

O início de Abril marca a redução das compras mensais de activos por parte do BCE de 80 mil milhões para 60 mil milhões de euros. Mas as taxas das obrigações portuguesas desceram na primeira sessão do mês. Com efeito, a "yield" a 10 anos baixou ontem 6,9 pontos base para 3,909%, o valor mais baixo desde final de Fevereiro. Apesar da redução das compras, já há vários meses que o BCE faz compras de dívida portuguesa abaixo da meta implícita.

Além disso, os dados da inflação na Zona Euro, que foram divulgados na passada sexta-feira, saíram abaixo do esperado, o que diminui a probabilidade de o BCE iniciar mais cedo o processo de retirada das medidas ultraexpansionistas.



BlackRock pode pressionar bolsa e dívida

A gestora de activos norte-americana BlackRock, penalizada pela troca de dívida do Novo Banco para o BES "mau" em Dezembro de 2015, juntou-se a outros fundos para tentar travar a alienação da instituição financeira à Lone Star.

O anúncio foi feito já depois do fecho da bolsa portuguesa, pelo que hoje poderá ter impacto na praça lisboeta, bem como na dívida. 



Segunda ronda de debates dos candidatos ao Eliseu

Esta terça-feira é dia de debate televisivo com os 11 candidatos à presidência de França. Emmanuel Macron foi considerado o mais beneficiado no primeiro debate.

Na semana passada, uma sondagem da Ipsos mostrou que Le Pen e Macron reúnem 25% e 24% das intenções de voto, na primeira volta – marcada para 23 de Abril –, e que Macron garantirá uma vitória confortável na segunda volta, a 7 de Maio. 


Jamie Dimon divulga carta aos accionistas

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, divulga a sua carta anual aos accionistas. Warren Buffett, célebre investidor e dono do conglomerado Berkshire Hathaway, diz que as cartas de Dimon são as suas favoritas em matéria de sabedoria empresarial.  

Ainda na banca, mas do lado europeu, o espanhol Banco Popular estará sob escrutínio em bolsa, depois de ontem ter fechado a cair 10,44%. A auditoria interna do Banco Popular está a rever a "carteira de crédito e determinadas questões relacionadas com o aumento de capital de Maio de 2016", revelou a instituição em comunicado emitido na segunda-feiral. Além disso, o CEO sai do banco sete meses depois. Pedro Larena, nomeado director executivo do Banco Popular em Setembro de 2016, abandonou funções após ter perdido competências para o novo assessor do chairman da instituição.

 


Rand sofre com crise política e corte de rating da África do Sul

Os investidores preparavam-se para o risco do "rating" da África do Sul cair para "lixo" e isso acabaria por se concretizar esta segunda-feira com a S&P a baixar a notação do país. Como consequência, o rand perde 2,05% face à divisa americana com cada dólar a valer 13,713 rands. Foi a sexta sessão de quedas, que tirou mais de 9% à divisa sul-africana.

A pressão começou após o presidente Jacob Zuma ter chamado de volta o seu ministro das Finanças, Pravin Gordhan, que se preparava para uma semana de reuniões com investidores em Londres e Nova Iorque. Acabaria demitido no final da semana passada devido às divergências que tinha com Zuma. 

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