Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Os resultados do BCP e a reacção dos investidores ao aumento de capital de oito mil milhões de euros do Deutsche Bank são dois eventos que deverão marcar a sessão bolsista esta segunda-feira
Os números de 2016 do BCP só serão conhecidos esta segunda-feira, após o fecho do mercado. Os investidores deverão estar atentos aos números, depois de nos primeiros nove meses do ano o BCP ter registado prejuízos superiores a 250 milhões de euros. Já se sabe que a unidade polaca, detida em 50,1% pelo banco liderado por Nuno Amado, aumentou os lucros em 28,3% no ano passado, registando 701 milhões de zlotys de lucro, "o valor mais elevado na história do banco", revelou a instituição em comunicado emitido na sexta-feira, já após o fecho do mercado.
Deutsche Bank confirma aumento de capital
O banco vai mesmo avançar com um aumento de capital, depois de ter registado dois anos consecutivos de prejuízos. Serão 687,5 milhões de novos títulos, através dos quais o Deutsche Bank espera encaixar até oito mil milhões de euros. Além disso, a venda de activos deverá permitir à instituição arrecadar até dois mil milhões de euros. O aumento de capital vai iniciar-se a 21 de Março e deverá terminar a 6 de Abril.
Altri lucra menos mas paga o mesmo dividendo
A empresa co-liderada por Paulo Fernandes, CEO da Cofina (dona do Jornal de Negócios), revelou, na sexta-feira, após o final do dia, que os lucros de 2016 caíram 34,6% para 77 milhões de euros. A descida dos preços da pasta no ano passado penalizou os resultados do Altri, que ainda assim, manteve o dividendo de 25 cêntimos por acção. Já a Cofina registou uma descida de 14,4% dos lucros no ano passado, tendo terminado 2016 com um resultado líquido de 4,3 milhões de euros.
Yellen deixa poucas dúvidas sobre a subida de juros nos EUA
A presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Yellen Janet, confirmou as expectativas do mercado na última sexta-feira, considerando que os progressos da economia americana persistirem e, por isso, será "provavelmente adequado" aumentar os juros já na reunião do banco central agendada para os dias 14 e 15 deste mês. Estas declarações vieram eliminar as réstias de dúvidas que ainda existiam e deverão condicionar a negociação das bolsas e da dívida. Os economistas consultados pelo Financial Times prevêem que o banco central dos EUA aumente o preço do dinheiro por três vezes este ano.
Eleições em França marcam o passo
França vai a eleições para escolher o próximo presidente. O candidato da direita, François Fillon, continua envolvido numa grande polémica, devido à contratação da sua mulher e suspeitas de desvio de fundos públicos. Este caso já levou a que muitos apoiantes de peso lhe retirassem o apoio e as sondagens não lhe estão a ser favoráveis. Uma sonsagem divulgada no domingo à noite pelo jornal francês Fígaro revela que Fillon só conquistaria 17% das intenções de voto na primeira volta das eleições, que decorre a 23 de Abril. Já Alain Juppe, derrotado por Fillon nas primárias, conseguiria 24,5%. E está a ganhar cada vez mais corpo a especulação de que a direita poderá substituir Juppe como a candidato oficial, retirando o apoio a Fillon. A atrair atenções continua também a candidata de extrema esquerda, Marine Le Pen, que, nesta última sondagem, venceria a primeira volta das eleições, com 26% dos votos, contra 25% de Emmanuel Macron.