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SEC investiga Coinbase por suspeitar de oferta de falsos tokens
O organismo liderado por Gary Gensler quer saber se a empresa disponibilizou a negociação de valores mobiliários que obrigam a empresa a realizar um registo junto do supervisor.
A Coinbase, maior plataforma cripto dos EUA, está a ser alvo de uma investigação do regulador financeiro dos EUA (na sigla inglesa SEC). O organismo liderado por Gary Gensler quer saber se a empresa disponibilizou a negociação de valores mobiliários que obrigam a empresa a realizar um registo, de acordo com duas fontes conhecedoras do processo, citadas pela Bloomberg.
Atualmente, a Coinbase oferece um portefólio de 150 ativos virtuais que podem ser negociados pelos utilizadores. Caso a investigação conclua que parte destes ativos são valores mobiliários, a empresa terá de se registar junto da SEC.
Esta é a segunda vez que a Coinbase é alvo de uma investigação por parte do regulador financeiro dos EUA.
Na semana passada, a plataforma apresentou uma petição para pedir ao regulador que apresente regras claras sobre os ativos digitais, esclarecendo quais destes devem ser considerados valores mobiliários.
Este é mais um episódio na luta de Gary Gensler contra as plataformas que, na sua ótica, oferecem tokens que na realidade são derivativos de outros produtos financeiros cuja oferta para negociação obriga a um registo junto do regulador.
"Existem iniciativas de inúmeras plataformas que oferecem tokens cripto ou outros produtos cuja cotação está relacionada com outros valores mobiliários, sendo por isso [produtos] derivativos", voltou a frisar Gensler este mês numa intervenção diante da American Bar Association.
O líder do supervisor deu como exemplo as stablecoins- tokens cuja a cotação está correlacionada com o preço de outro ativo e security tokens – produtos financeiros que uma vez comprados dão direito a dividendos, divide lucros ou paga juros, como acontece com títulos no mercado tradicional.
Numa outra investigação levada a cabo contra um funcionário da Coinbase, acusado de partilhar informações privilegiadas com um irmão e um amigo, antes da plataforma cotar determinados tokens, a SEC já tinha concluído que nove das dezenas de ativos digitais que constam do processo são valores mobiliários.