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Fundador da FTX detido nas Bahamas. Deverá ser extraditado para os EUA

A detenção segue-se à notificação, enviada pelos EUA às Bahamas, dizendo que tinha sido apresentada uma acusação formal contra Bankman-Fried nos Estados Unidos.

Bloomberg
13 de Dezembro de 2022 às 00:59
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Sam Bankman-Fried (na foto), fundador e ex-CEO da FTX, a plataforma de negociação de criptomoedas que colapsou no mês passado, foi detido nas Bahamas, anunciou o Procurador-Geral do arquiélago, Ryan Pinder, citado pela Bloomberg.

 

A detenção segue-se à notificação, enviada pelos EUA às Bahamas, dizendo que tinha sido apresentada uma acusação formal contra Bankman-Fried nos Estados Unidos.

 

O ex-CEO da FTX, de 30 anos, tem casa nas Bahamas, onde estava também sediada da FTX, e a Bloomberg avança que os Estados Unidos deverão pedir a sua extradição.

 

Segundo a CNBC, o procurador do distrito sul de Nova Iorque, Damian Williams, enviou ao governo das Bahamas cópia da instauração do processo contra Bankman-Fried, abrindo assim caminho para a extradição e julgamento nos EUA.

 

"Enquanto os Estados Unidos intentam uma ação penal contra Bankman-Fried, as Bahamas prosseguirão com a sua própria investigação regulatória e criminal em torno do colapso da FTX, com a cooperação do seus parceiros nos EUA para a aplicação da lei", sublinhou em comunicado o primeiro-ministro das Bahamas, Philip Davis.

 

A crise começou no início de novembro, com a notícia da Coindesk de que grande parte do balanço da Alameda Research, o braço de "research" e investimento da FTX, era composto por FTT – o token associado à FTX.

 

A FTX esteve prestes a ser comprada pela maior plataforma do mundo neste segmento – a Binance –, para travar a queda. No entanto, o negócio acabou por não seguir em frente quando o CEO da Binance, Changpeng Zhao, percebeu que o "buraco" era maior do que o que se estimava.

 

Zhao disse então que iria desfazer-se de todos os FTT que detinha – o que levou a que o token afundasse. Os utilizadores da FTX que acorreram a livrar-se também do ativo tiveram dificuldades na conversão em moeda fiduciária.

 

O precipitar dos acontecimentos acabaria por ditar a queda da plataforma fundada por Bankman-Fried – que chegou a ter uma fortuna avaliada em 26.000 milhões de dólares.

 

Com a quebra e falência da FTX, nem nem as gestoras mais conceituadas saíram incólumes, sublinhou na semana passada João Queiroz, "head of trading" do Banco Carregosa, ao Negócios. E deu vários exemplos: 1. Sequoia Capital: $250 milhões; 2. Paradigm: $215 milhões; 3. Temasek: $210 milhões; 4. Thomas Bravo: $150 milhões; 5. Insight Partners: $40 milhões; 6. Tiger Global: $38 milhões; ou 7. Blackrock: $24 milhões.

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