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EUA detêm alegado manipulador de mercado que roubou 110 milhões em cripto

Avraham Eisenberg é acusado de ter roubado 110 milhões de dólares da plataforma cripto descentralizada Mango, através de manipulação da negociação de futuros sobre o token nativo da "exchange".  

Os especialistas contactados pelo Negócios apontam para um diploma que pretende trazer “certeza jurídica” e afastam a possibilidade de a competitividade nacional ser posta em causa.
Dado Ruvic/Reuters
28 de Dezembro de 2022 às 12:34
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O Ministério Público norte-americano acusou um investidor de crimes de fraude e manipulação de mercado. Avraham Eisenberg é acusado de ter roubado 110 milhões de dólares da plataforma cripto descentralizada Mango.

 

O centro da prova desta acusação é um testemunho escrito do agente especial do FBI, Brandon Racz, que afirma que Eisenberg manipulou "intencionalmente e conscientemente" a negociação de futuros sobre cripto na Mango Markets.


 O indivíduo foi detido esta segunda-feira em Porto Rico, tendo a sua prisão gerado uma onda de memes de festejo na internet.

 

De acordo com a acusação que deu entrada no tribunal federal de Manhattan, Avraham Eisenberg conseguiu manipular as negociações de futuros sobre o token nativo da plataforma, o MNGO, tendo com esta estratégia conseguido arrecadar 110 milhões em criptomoedas dos depósitos de outros investidores, sem intenção, pelo menos aparente, de reembolsar estes fundos.

 

A Mango é uma "exchange" descentralizada que permite que os investidores emprestem, transacionem e invistam recorrendo a exercícios de alavancagem.

Alegadamente, o indivíduo conseguiu artificialmente aumentar a cotação do MNGO em relação à USDC, uma stablecoin.

 

Mais tarde, a Mango conseguiu chegar a um acordo com Eisenberg de forma a recuperar 67 milhões de dólares. Na altura, dado que a Mango é uma plataforma descentralizada, as votações dos utilizadores concluíram que , desde que os fundos roubados fossem devolvidos, a plataforma não avançaria para a Justiça.

 

A autoria de Eisenberg não era desconhecida já que o próprio revindicou  a autoria dos crimes no Twitter, ainda que tenha considerado as suas ações de acordo com o ordenamento jurídico e funcionamento do mercado.

 

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