Notícia
Banco central da Índia diz que criptomoedas podem causar crise financeira
As criptomoedas foram banidas em 2018 e reintroduzidas há dois anos na Índia, quando o setor registou um forte impulso graças ao desenvolvimento de plataformas para operações de compra e venda e ao apoio de várias personalidades.
21 de Dezembro de 2022 às 14:09
O banco central da Índia considerou esta quarta-feira que há o risco de as criptomoedas provocarem a próxima crise financeira e que o colapso da plataforma FTX é a prova "dos riscos inerentes" a esse mercado.
"Ao contrário de todos os outros produtos, a nossa principal preocupação com as criptomoedas é que elas não têm valor intrínseco", afirmou o governador do Reserve Bank of India (RBI), Shaktikanta Das, num evento com industriais.
"Na nossa opinião deviam ser banidas porque (...) se vamos tentar regulá-las e deixá-las crescer, prestem por favor atenção às minhas palavras: a próxima crise financeira será causada pelas criptomoedas privadas".
Segundo o mesmo responsável, o recente colapso da plataforma de criptomoedas FTX, avaliada em 32 mil milhões de dólares [cerca de 30 mil milhões de euros] destacou "os enormes riscos inerentes a este setor para a nossa estabilidade macroeconómica e financeira".
A falência da FTX causou agitação, numa altura em que o mercado de criptomoedas está em queda.
O líder da plataforma, Sam Bankman-Fried, foi detido no passado dia 12 e acusado de fraude e desvio de fundos.
As criptomoedas foram banidas em 2018 e reintroduzidas há dois anos na Índia, quando o setor registou um forte impulso graças ao desenvolvimento de plataformas para operações de compra e venda e ao apoio de várias personalidades.
Mas a introdução este ano de um imposto de 30% sobre os lucros da negociação de "moedas privadas" reduziu o número de operações.
O RBI lançou este ano a sua própria rupia digital, com uma tecnologia que permite certificar trocas 'online'.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, defendeu, no entanto, maior regulação para as moedas digitais privadas, para evitar o financiamento do crime e outros usos indevidos.
"Ao contrário de todos os outros produtos, a nossa principal preocupação com as criptomoedas é que elas não têm valor intrínseco", afirmou o governador do Reserve Bank of India (RBI), Shaktikanta Das, num evento com industriais.
Segundo o mesmo responsável, o recente colapso da plataforma de criptomoedas FTX, avaliada em 32 mil milhões de dólares [cerca de 30 mil milhões de euros] destacou "os enormes riscos inerentes a este setor para a nossa estabilidade macroeconómica e financeira".
A falência da FTX causou agitação, numa altura em que o mercado de criptomoedas está em queda.
O líder da plataforma, Sam Bankman-Fried, foi detido no passado dia 12 e acusado de fraude e desvio de fundos.
As criptomoedas foram banidas em 2018 e reintroduzidas há dois anos na Índia, quando o setor registou um forte impulso graças ao desenvolvimento de plataformas para operações de compra e venda e ao apoio de várias personalidades.
Mas a introdução este ano de um imposto de 30% sobre os lucros da negociação de "moedas privadas" reduziu o número de operações.
O RBI lançou este ano a sua própria rupia digital, com uma tecnologia que permite certificar trocas 'online'.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, defendeu, no entanto, maior regulação para as moedas digitais privadas, para evitar o financiamento do crime e outros usos indevidos.