Notícia
Distribuidores do euro digital devem ser pagos de forma "justa", frisa Comissão Europeia
A comissária Mairead Mcguiness afirmou, durante o debate no Parlamento Europeu sobre este tema, que os distribuidores devem ser pagos de forma justa. E frisou ainda a necessidade de permitir o acesso offline ao euro digital, de forma a garantir a inclusão.
Os prestadores de serviços que fazem a distribuição do euro digital - caso a versão virtual da moeda única seja aprovada pelo Banco Central Europeu - devem ser pagos de forma "justa", sublinhou esta quarta-feira Mairead Mcguiness, comissária europeia para a Estabilidade Financeira, durante um debate sobre este projeto no Parlamento Europeu.
"O euro digital será distribuído por fornecedores de serviços, que deverão ter uma remuneração justa", afirmou Mairead Mcguiness.
Atualmente, o projeto do euro digital está numa fase de estudo, por parte do BCE, que está a avaliar a viabilidade desta proposta para a Zona Euro. Entretanto, e de forma a poupar tempo, a Comissão deve trabalhar o enquadramento jurídico relativamente ao projeto desta moeda digital emitida por banco central (MDBC).
O desenho da moeda única virtual deve, na ótica da Comissão Europeia, assegurar a inclusão dos utilizadores, sendo um projeto necessário, já que a utilização do dinheiro vivo está em declínio.
"Porque precisamos do euro digital? O pagamento em dinheiro físico está a cair e os pagamentos digitais estão a crescer e queremos acesso ao dinheiro público no mundo digital", explicou Mairead Mcguiness.
A comissária referiu ainda que é importante que "o euro digital possa ser usado offline", devendo ter em conta "os grupos mais vulneráveis".
Do lado do Conselho da União Europeia, e em representação da atual presidência sueca do organismo, a ministra sueca dos Assuntos Europeus, Jessika Roswall, também sublinhou que "o euro digital deve ser inclusivo".
Jessika Roswall lembrou ainda que é preciso ponderar entre vantagens e riscos. "O euro digital deve beneficiar os bancos centrais com a poupança de custos , mas também tem riscos, como a deslocação de depósitos bancários e a questão da privacidade", referiu a representante do Conselho neste debate.
Entre os temas suscitados pelos eurodeputados, destacou-se a necessidade de este projeto ter de assegurar a privacidade dos utilizadores.
Além deste ponto, foram abordados outros. Paul Tang do S&D, por exemplo, afirmou ter dúvidas de que "o euro digital seja viável", mas recordou que, caso o seja, a moeda única virtual "deve competir com os depósitos bancários, permitindo que se beneficie da subida das taxas de juro".
Já do lado do PPE (Grupo do Partido Popular Europeu), a portuguesa Lídia Pereira apelou à celeridade deste projeto. "A esta altura já devíamos estar a discutir propostas concretas", afirmou. "Não é tempo de saber onde estamos mas para onde vamos", rematou a eurodeputada do PSD.
* o jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu
"O euro digital será distribuído por fornecedores de serviços, que deverão ter uma remuneração justa", afirmou Mairead Mcguiness.
O desenho da moeda única virtual deve, na ótica da Comissão Europeia, assegurar a inclusão dos utilizadores, sendo um projeto necessário, já que a utilização do dinheiro vivo está em declínio.
"Porque precisamos do euro digital? O pagamento em dinheiro físico está a cair e os pagamentos digitais estão a crescer e queremos acesso ao dinheiro público no mundo digital", explicou Mairead Mcguiness.
A comissária referiu ainda que é importante que "o euro digital possa ser usado offline", devendo ter em conta "os grupos mais vulneráveis".
Do lado do Conselho da União Europeia, e em representação da atual presidência sueca do organismo, a ministra sueca dos Assuntos Europeus, Jessika Roswall, também sublinhou que "o euro digital deve ser inclusivo".
Jessika Roswall lembrou ainda que é preciso ponderar entre vantagens e riscos. "O euro digital deve beneficiar os bancos centrais com a poupança de custos , mas também tem riscos, como a deslocação de depósitos bancários e a questão da privacidade", referiu a representante do Conselho neste debate.
Entre os temas suscitados pelos eurodeputados, destacou-se a necessidade de este projeto ter de assegurar a privacidade dos utilizadores.
Além deste ponto, foram abordados outros. Paul Tang do S&D, por exemplo, afirmou ter dúvidas de que "o euro digital seja viável", mas recordou que, caso o seja, a moeda única virtual "deve competir com os depósitos bancários, permitindo que se beneficie da subida das taxas de juro".
Já do lado do PPE (Grupo do Partido Popular Europeu), a portuguesa Lídia Pereira apelou à celeridade deste projeto. "A esta altura já devíamos estar a discutir propostas concretas", afirmou. "Não é tempo de saber onde estamos mas para onde vamos", rematou a eurodeputada do PSD.
* o jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu