Tudo começou na pandemia: confinado em casa, Tate Berenbaum, um adolescente norte-americano, decidiu usar o seu excesso de tempo livre em algo útil e dedicou-se a uma das suas grandes paixões: a codificação. No porão da sua casa, o estudante conseguiu construir ferramentas de desenvolvimento para a Arweave, uma plataforma conhecida por armazenamento permanente de dados.

Segundo a Bloomberg, a Arweave é frequentemente a plataforma escolhida para armazenamento de dados descentralizados: está, por exemplo, a ser usada para arquivar registos digitais da guerra na Ucrânia, como tweets e vídeos que documentam o conflito.

Berenbaum, agora com 19 anos, conseguiu angariar 30 milhões de dólares para a sua Community Labs, uma startup de software e venture studio (um estúdio de startup em conjunto com um fundo de risco), dedicada a apoiar projetos de criptomoedas nesta mesma plataforma Arweave. A Lightspeed Venture Partners liderou a rodada de financiamento para a Community Labs, que também incluiu a Bain Capital Crypto e Blockchain Capital, entre outros investidores.

Ainda de acordo com a Bloomberg, a Community Labs tem já oito funcionários em todo o mundo, incluindo o conselheiro e cofundador de Berenbaum, Leo Lucisano, de 38 anos. O grande objetivo da startup é trazer mais versatilidade à Arweave, expandindo a sua atuação para permitir que ela funcione de maneira mais semelhante a blockchains como Ethereum e Solana.

"Pode ser utilizada para casos de uso financeiro", disse Berenbaum, observando que já construiu um serviço chamado Verto, uma exchange descentralizada para negociação de tokens, na Arweave. Enquanto constrói a empresa, o jovem mudou-se para Nova Iorque e colocou temporariamente os estudos universitários de lado.