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A meio da batalha com regulador, Coinbase obtém luz verde para negociar derivados nos EUA

A maior plataforma de criptomoedas dos Estados Unidos, através da sua subsidiária Coinbase Financial Markets, obteve autorização da Associação Nacional de Futuros (NFA, na sigla inglesa), passando a disponibilizar, de forma direta, a negociação destes produtos financeiros nas próximas semanas. Em julho, os derivados ocuparam quase 80% do volume total de negociação em plataformas centralizadas

Aos 35 anos, o fundador da Coinbase, tem uma riqueza entre 900 milhões e 1 mil milhões de dólares em moedas digitais.
16 de Agosto de 2023 às 18:24
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Quase dois anos depois do pedido e numa altura marcada pela guerra com os reguladores, a Coinbase já tem luz verde para oferecer serviços de negociação de derivados sobre criptomoedas nos EUA.

A maior plataforma dos Estados Unidos, através da sua subsidiária Coinbase Financial Markets, obteve autorização Associação Nacional de Futuros (NFA, na sigla inglesa), para se tornar um "futures comission merchant".

A plataforma passará a disponibilizar, diretamente, a negociação de futuros sobre criptomoedas nas próximas semanas, segundo fonte oficial da empresa liderada por Brian Armstrong.

No ano passado, a Coinbase comprou a "exchange" de futuros FairX, a qual já estava registada nos EUA, tendo rebatizado a plataforma para Coinbase Derivatives Exchange.

Porém, até então, a negociação de futuros nesta plataforma era disponibilizada de forma indireta, ou seja, na prática, a negociação era executada por outras corretoras, para as quais os clientes eram encaminhados pela própria Coinbase.

Esta luz verde da NFA surge numa altura, em que a Coinbase está envolvida em conflito com os reguladores norte-americanos.

No início de junho, o supervisor norte-americano para o mercado de capitais acusou a maior plataforma cripto dos EUA de fugir à regulação dos EUA, ao permitir que os clientes negoceiem "tokens" que não estão registados como ativos financeiros. Além disso, está também em causa o serviço de "staking", ou seja, programas que permitem aos clientes receberem recompensas em troca de manterem depositados determinados criptoativos.

Fora dos EUA, em maio, a empresa lançou a Coinbase International Exchange, destinada a investidores institucionais espalhados pelo mundo e interessados em investir em futuros sobre cripto.

Nos últimos 30 dias, esta entidade registou um volume de negociação de 2,52 mil milhões de dólares, o equivalente a 2,31 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual, de acordo com os dados da própria Coinbase citados pela Blooomberg.

Em julho, os derivados ocuparam quase 80% (78,2%) do total do volume de negociação em plataformas centralizadas, as mais utilizadas no mercado e sujeitas a um regime de governação concentrado (ao contrários das homólogas descentralizadas).

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