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“Stock” do crédito à habitação aumenta pela primeira vez em mais de dois anos

Os bancos portugueses tinham, no final do ano passado, mais de 95 mil milhões de euros em "stock" de crédito à habitação. Está em mínimos de Fevereiro de 2007.

26 de Janeiro de 2018 às 16:25
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Os bancos têm vindo, nos últimos anos, a reforçar a sua aposta no crédito à habitação. As novas operações estão em máximos de 2010, mas têm sido insuficientes para compensar as amortizações do total dos financiamentos, num período em que as taxas de juro têm atingido níveis negativos. Contudo, em Dezembro, pela primeira vez em mais de dois anos, o "stock" do crédito da casa voltou a subir.

Os bancos nacionais emprestaram, até Novembro, 7.441 milhões de euros para a compra de casa, segundo o Banco de Portugal. Quando falta ainda conhecer os dados relativos a Dezembro, 2017 prepara-se para ser o melhor ano em termos de concessão de financiamento para a compra de casa desde 2010.

Mas a tendência de crescimento das novas operações não tem sido acompanhada pelo aumento do "stock" de crédito. Isto porque, com os juros em mínimos históricos e mesmo em valores negativos, as famílias têm conseguido amortizar uma percentagem cada vez maior do empréstimo. O saldo de crédito que os bancos têm em carteira está mesmo em mínimos de Fevereiro de 2007, isto depois de meses sucessivos de queda.

Esta tendência de diminuição do saldo do crédito à habitação teve início em Abril de 2011, com a chegada da troika e o consequente fecho da "torneira" do crédito por parte dos bancos nacionais. Pontualmente, em Setembro de 2015, este indicador aumentou ligeiramente para 100.380 milhões de euros. Mas o movimento de subida não teve continuidade e só voltou a repetir-se agora em Dezembro de 2017. Subiu para 94.094 milhões de euros, segundo os dados do BCE. 

Nos primeiros nove meses deste ano, no BPI, Novo Banco e Santander Totta, o "stock" de financiamento para a compra de casa já tinha aumentado face ao período homólogo, como o Negócios já noticiou.

Este aumento do saldo do crédito para a casa contribuiu para a subida do "stock" de empréstimos às famílias para 115.733 milhões de euros. No crédito ao consumo, registou-se uma queda para 13.603 milhões de euros.
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