Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Peso dos jovens nos novos créditos para a casa não mexe com chegada da garantia

As famílias pediram menos 567 milhões de euros para comprar casa em janeiro. Do total concedido, os mutuários até aos 35 anos representaram 45% no primeiro mês da garantia pública, em linha com o registado em dezembro.

João Cortesão
  • ...

A entrada em vigor da garantia pública para facilitar a compra de casa por jovens até aos 35 anos não alterou o peso destes mutuários no total dos novos créditos concedidos para habitação. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos representou 45% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em janeiro, "um peso semelhante ao observado para o mês de dezembro".

A garantia aplica-se sobre a aquisição da primeira habitação própria e permanente, e o preço do imóvel não pode exceder os 450 mil euros. O valor garantido pelo Estado - que se torna fiador do crédito - é o que vai além de 85% do valor da transação. Ou seja, possibilita que os bancos emprestem 100%, com o Tesouro a prestar garantia sobre 15%.

Para aceder, além da idade e do valor do imóvel há uma série de condições que têm de ser cumpridas em simultâneo. Além da garantia pública, os cidadãos até aos 35 anos beneficiam, desde agosto, da isenção do IMT, do imposto de selo e de emolumentos. Os novos dados do Banco de Portugal sinalizam, assim, que a garantia não mudou o peso além do aumento que já se tinha feito sentir no final do ano passado.

De forma geral, as famílias em Portugal pediram, em janeiro, menos crédito para comprar casa. "As novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.779 milhões de euros em janeiro, menos 635 milhões do que em dezembro. As novas operações de empréstimos incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados", começa por explicar o relatório do supervisor da banca.

Considerando apenas os novos contratos de empréstimos a particulares, houve uma diminuição de 648 milhões de euros, para 2.263 milhões. Na finalidade habitação, o montante de novos contratos desceu 567 milhões de euros, para 1.522 milhões de euros. Por seu turno, o montante dos novos contratos nas finalidades consumo e outros fins diminuiu 13 e 68 milhões de euros, para 532 e 209 milhões de euros, respetivamente. Já as renegociações de crédito aumentaram 13 milhões de euros, para 517 milhões de euros, um aumento que foi "transversal a todas as finalidades".

(Notícia atualizada às 11:40)

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio