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Novo crédito à habitação acelera para 1.353 milhões em novembro

Os bancos mantêm um forte ritmo de financiamento de novo crédito para a compra de casa. Até novembro, foram concedidos 13,8 mil milhões de euros para a aquisição de habitação.

A guerra de “spreads” intensificou-se nos últimos anos, com os bancos a tentarem novos clientes no crédito à habitação.
Sérgio Lemos
05 de Janeiro de 2022 às 11:17
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O ritmo de financiamento para a compra de casa continua a acelerar. Depois de em outubro terem emprestado mais de 1.200 milhões de euros para a aquisição de habitação, as novas operações de crédito à habitação voltaram a superar os 1.350 milhões em novembro, máximos de julho, segundo os dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal.

 

As novas operações de crédito à habitação atingiram os 1.353 milhões de euros em novembro do ano passado, o valor financiado mais elevado desde julho. Trata-se do 9.º mês consecutivo que os bancos emprestam mais de 1.200 milhões de euros em novo crédito para a casa.

No acumulado dos 11 meses, os bancos emprestaram 13.773 milhões de euros para aquisição de habitação, um novo máximo desde 2017, ano em que, no mesmo período, foram emprestados mais de 17 mil milhões de euros para a casa.

Face a igual período do ano passado, as novas operações de crédito à habitação registam um crescimento de 35%.

Perante o ambiente de taxas de juro muito baixas, que permanece há vários anos, os bancos têm vindo a apostar neste segmento de crédito para reforçar as suas taxas de rendibilidade. O setor tem, aliás intensificado a guerra de spreads, numa tentativa de ganhar mais clientes e roubar negócio à concorrência.

Os espanhóis Bankinter e Abanca foram os últimos a voltar à carga com condições de comercialização mais vantajosas. O primeiro implementou até ao final do ano uma campanha promocional onde oferecia um "spread" mínimo de 0,9% para contratos acima de 150 mil euros.

O também espanhol Abanca - que não apresenta soluções unicamente com taxas variáveis - está a comercializar uma taxa fixa de 0,5% durante o primeiro ano do contrato, passando depois a aplicar-se uma taxa variável com um "spread" que pode baixar até 0,95%, para os clientes que obtenham a bonificação máxima [de 1,5%] mediante a contratação de outros produtos junto do banco.

As taxas de juro no crédito à habitação subiram face a outubro. Segundo o Banco de Portugal, "a taxa de juro média subiu para 0,83%, acompanhando a evolução da Euribor a 12 meses, indexante mais utilizado no crédito à habitação".

Além do crédito ao consumo, também o crédito ao consumo aumentou face a outubro. Foram emprestados 459 milhões de euros para esta finalidade, acima dos 412 milhões emprestados um mês antes.

Já o crédito para outros fins atingiu 248 milhões de euros, face aos 207 milhões financiados em outubro. Contas feitas, os bancos emprestaram 2.061 milhões de euros às famílias, no penúltimo mês de 2021.

(Notícia atualizada às 11:31)

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