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Juros no crédito à habitação sobem pela primeira vez em 13 meses. Valor médio da prestação sobe 14 euros

Esta é a primeira vez desde o início do regime de moratórias bancárias, que o valor médio da prestação supera os 250 euros. Nos novos créditos celebrados nos últimos três meses, verificou-se uma inversão da tendência de subida.

Portugal foi o terceiro país da Zona Euro onde o preço das casas mais subiu nos últimos anos, uma tendência não acompanhada pelos salários.
Sérgio Lemos
23 de Novembro de 2021 às 12:11
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Os juros no crédito à habitação subiram para 0,803% em outubro, registando a primeira subida em 13 meses. Os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam ainda para uma inversão da trajetória de subida nos novos créditos celebrados nos últimos três meses.

"A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 0,803%, valor superior em 1,8 pontos base ao registado no mês anterior. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,665% (0,702% no período precedente)", lê-se no relatório divulgado pelo INE.

Na totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu 14 euros em outubro, para 251 euros. Desse valor, 16% (39 euros) corresponde a pagamento de juros e os restantes 84% (212 euros) a capital amortizado.

"Esta é a primeira vez desde o início do regime de moratórias bancárias, implementadas em resposta à covid-19, em que este valor supera os 250 euros, tendo-se verificado também o maior aumento da prestação média desde o início da atual série", salienta o INE, no relatório, depois de em abril e maio de 2020 se terem verificado "reduções expressivas". 

Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação desceu 21 euros, para 290 euros.

O INE revela ainda que, em outubro, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 354 euros face ao mês anterior, fixando-se em 57.688 euros. Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, "o montante médio do capital em dívida foi 118.486 euros, menos 1.032 euros que em setembro".
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