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Há mais mulheres a recorrer ao crédito, mas os homens conseguem valores maiores

À exceção do crédito automóvel, as mulheres pedem mais empréstimos do que os homens, mas o valor é mais elevado no sexo masculino. Em 2022, 11% das pessoas que obtiveram crédito em Portugal eram estrangeiros.

O crédito ao consumo – por vezes mais do que um – e o hipotecário têm um peso muito grande nas finanças das famílias em dificuldade.
Rafael Marchante/Reuters
23 de Fevereiro de 2023 às 13:01
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O número de mulheres que obteve crédito em Portugal em 2022 foi superior ao número de homens em todo o tipo de crédito, à exceção do crédito automóvel. Ainda assim, o montante contratado foi superior nos homens do que nas mulheres.

Esta é uma das conclusões de uma nova nota estatística do Banco de Portugal (BdP) que faz a caracterização sociodemográfica das pessoas que contraíram crédito junto das instituições financeiras a operar em Portugal em 2022 e 2021

No ano passado, as instituições realizaram dois milhões de novos contratos de crédito a 1,5 milhões de pessoas, num total de 28 mil milhões de euros. Todos estes valores são superiores aos de 2021.

Dos novos créditos obtidos no último ano, 11% foram para cidadãos de nacionalidade estrangeira, a maioria residentes na área metropolitana de Lisboa e cerca de metade tinha nacionalidade brasileira.

Especificamente no caso do crédito à habitação, o mais considerável em termos de montante, o número de pessoas também foi superior em 2022, embora com um incremento de apenas duas mil. Cerca de dois terços da contração de crédito para a compra de casa, construção, obras ou compra de terreno aconteceu nas áreas metropolitanas de Lisboa ou do Porto.

Quanto à faixa etária, 19% do crédito para a compra de casa foi concedido a pessoas com idade até aos 30 anos, 61% até aos 40 anos. Os reformados perfazem apenas 1%, sendo que metade deste último valor foi contratualizado a estrangeiros, principalmente do Brasil e Estados Unidos, dado que à medida que os escalões etários são superiores, o peso concedido a estrangeiros aumenta.

Particularmente no Algarve, do total de crédito à habitação obtido por pessoas reformadas no ano passado, a grande maioria (85%) foi para cidadãos com nacionalidade estrangeira, maioritariamente dos EUA, Reino Unido e Suécia.

O crédito pessoal e automóvel também aumentou no ano passado face a 2021. No caso do primeiro, a subida foi de 94 mil para 538 mil pessoas e, no caso do segundo, foram mais quatro mil, totalizando 226 mil pessoas. A maioria destes cidadãos tinha idade até 50 anos, estava empregada por contra de outrem e tinha o ensino secundário ou superior completo.

Em 2022, apenas 8% do crédito pessoal e 9% do crédito automóvel foi concedido a estrangeiros, sendo que 53% dos que obtiveram crédito pessoal e 70% dos que contraíram crédito automóvel tinham nacionalidade brasileira.
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