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Financiamento para a compra de casa abranda para mínimos de quase um ano
As novas operações ficaram abaixo dos 1.200 milhões de euros pela primeira vez em 11 meses, segundo os dados do Banco de Portugal, revelados esta quinta-feira.
As novas operações de crédito à habitação atingiram os 1.187 milhões de euros no arranque do ano. Trata-se do valor de financiamento mais baixo desde fevereiro do ano passado, revelam os dados divulgados esta manhã pelo Banco de Portugal.
Depois de 10 meses consecutivos a financiarem mais de 1.200 milhões de euros para a compra de casa, as novas operações de crédito ficaram abaixo desta fasquia pela primeira vez desde fevereiro de 2021, mês em que foram emprestados 999 milhões para a aquisição de habitação. Ainda assim, em termos homólogos, regista-se um crescimento de 22,6%, face aos 968 milhões de euros emprestados em igual período do ano passado.
Apesar da quebra registada face aos últimos meses, janeiro é habitualmente um mês marcado por menores operações de crédito, pelo que o movimento de descida acaba por ser normal. O crédito à habitação tem, de resto, sido uma das apostas do setor financeiro para aumentar a sua rentabilidade, num ambiente de juros zero.
No ano passado, em 2021 foram financiados 15.270 milhões de euros para a compra de habitação em Portugal, um valor que supera em 34% os 11.389 milhões emprestados em 2020 e é um novo máximo desde 2007, o ano que precedeu a crise financeira e em que as novas operações de crédito à habitação ultrapassaram os 19.630 milhões de euros.
Nas outras finalidades de crédito destinadas a particulares, os bancos emprestaram 369 milhões de euros em crédito para o consumo e outros 158 milhões para outros fins. Contas feitas, o setor emprestou, no primeiro mês do ano, 1.714 milhões de euros às famílias portuguesas.
As taxas de juro dos novos empréstimos para a compra de casa baixaram, em janeiro, para 0,81%, face aos 0,83% registados em dezembro. Já a taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo subiu de 7,39% para 7,75%, um movimento que o Banco de Portugal diz que "é consistente com a evolução habitualmente verificada nos meses de janeiro".
(Notícia atualizada)