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Crédito ao consumo afundou 23% em 2020 para mínimo de cinco anos

A pandemia travou o recurso ao crédito das famílias portuguesas para comprar carro e outros produtos de consumo, com o ano de 2020 a marcar a primeira queda no crédito ao consumo desde que o Banco de Portugal recolhe estes dados em 2014.

O consumo caiu, não tanto por falta de rendimentos, mas pelas restrições e receio provocado pela pandemia.
Rob Engelaar/EPA
15 de Fevereiro de 2021 às 11:32
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Os novos contratos de crédito ao consumo realizados pelos portugueses em 2020 totalizaram 5,88 mil milhões de euros, um montante que representa uma queda de 23% face ao recorde de 7,6 mil milhões de euros registados em 2019.

 

A pandemia travou o recurso ao crédito das famílias portuguesas para comprar carro e outros produtos de consumo, com o ano de 2020 a marcar a primeira queda no crédito ao consumo desde que o Banco de Portugal recolhe estes dados em 2014.

 

2020 foi mesmo o primeiro ano de variação negativa no crédito ao consumo, sendo que o montante dos novos contratos celebrados foi o mais reduzido desde 2015 (5,08 mil milhões de euros).

 

Este segmento do crédito cresceu sempre a dois dígitos desde 2014, e em 2019 atingiu um recorde após um aumento mais modesto de 3%.

 

A tendência negativa no crédito ao consumo contrasta com a alta registada noutros segmentos, com destaque para o crédito à habitação.

 

A descida do crédito ao consumo estará relacionada com a tendência negativa registada nos setores mais afetados pela pandemia, como o turismo e as vendas de automóvis, que levaram os portugueses a consumir menos e a recorrer de forma mais limitada ao crédito.


Natal não foi a crédito

 

No último mês do ano a tendência também foi negativa, com o crédito concedido pelas financeiras a descer 30% face a dezembro de 2019. Atingiu 470 milhões de euros, o que também representa uma queda de 7% contra novembro e 2020, um sinal que os portugueses recorreram menos ao crédito para as compras de natal.

 

Dezembro foi mesmo o pior mês desde junho, sendo que em todos os últimos cinco meses o crédito ao consumo tinha ficado acima de 500 milhões de euros.

 

O desempenho negativo de dezembro foi pressionado pela queda nos segmentos de crédito pessoal e cartões e descoberto, enquanto o crédito para compra de automóvel recuperou.


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