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Yuan a caminho de ter estatuto de reserva no FMI
Representantes do FMI terão revelado às autoridades chinesas ser provável que em breve o yuan passe a deter estatuto de reserva na instituição liderada por Christine Lagarde. Isto permitirá ao yuan ganhar peso nos mercados cambiais.
Deverá estar para breve a entrada do yuan no cabaz das divisas com estatuto de reserva do Fundo Monetário Internacional (FMI). A agência Bloomberg, que cita fontes oficiais de chinesas, escreve que alguns representantes do FMI terão adiantado às autoridades da China que, em breve, o yuan deverá passar a fazer parte das moedas – euro, libra, dólar e iene – com estatuto de reservas para a instituição liderada por Christine Lagarde.
A Bloomberg adianta que é forte a convicção das autoridades chinesas de que o yuan vai mesmo assegurar a aprovação aquando da revisão (Direito de Saque Especial - SDR, na sigla inglesa), que o FMI fará ainda este ano, provavelmente já em Novembro. Esta é uma revisão que o Fundo faz a cada cinco anos, sendo que em 2010 os membros da Comissão Executiva do FMI rejeitaram a introdução da divisa chinesa no cabaz.
Se o yuan passar de facto a integrar o cabaz do FMI, isso permitirá à divisa chinesa adquirir maior peso nos mercados cambiais e permitir que mais países ganhem a confiança necessária à utilização da moeda.
O yuan é mesmo a única moeda candidata a integrar o cabaz das divisas de referência do FMI. Em Agosto, um relatório do Fundo referia que o yuan "é a única moeda, actualmente fora do cabaz de SDR, que cumpre o critério de exportação".
Esta é uma questão importante para a segunda maior economia mundial e que permitiria ao presidente chinês, Xi Jinping, concretizar o objectivo de tornar a China um país mais orientado para os mercados.