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Uma moeda virtual Bitcoin vale mais do que uma acção da Apple

A moeda virtual que tem concentrado atenções viu o seu valor disparar para mais de 675 dólares, antes de uma audiência sobre a divisa. Ben Bernanke vai referir que a moeda “pode ser promissora a longo prazo”.

18 de Novembro de 2013 às 21:55
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Diversas agências foram chamadas a uma audiência no Congresso norte-americano para se pronunciarem sobre a moeda virtual com o nome bitcoin. A divisa é uma criação da era da Internet e a sua oferta deriva de um processo algorítmico complexo. No entanto, é o equilíbrio com a procura que determina o preço de cada moeda.

 

O valor das bitcoins disparou antes de uma audiência que vai contar com os responsáveis máximos de agências como a Reserva Federal norte-americana e o Federal Bureu of Investigation (FBI). Antes das reuniões no Congresso, as diversas agências pronunciaram-se acerca da divisa que sido objecto de muito atenção e polémica.

 

A discussão ao nível do Congresso sinaliza que a moeda virtual poderá ser vista como um meio de pagamento e um serviço financeiro legítimo, segundo a imprensa internacional. O valor de cada moeda Bitcoin já ascendeu a 675 dólares, esta segunda-feira. Supera assim o valor de cada acção da Apple, que fechou hoje nos 518 dólares. Note-se que esta divisa tinha um valor unitário de 13,75 dólares no final de 2012.

 

Ben Bernanke, na declaração escrita que dirigiu à comissão de Segurança Interna do Congresso e que deverá conduzir a sua intervenção no Congresso, remete para um estudo elaborado sobre moedas alternativas, elaborado em 1995, por Alan Blinder. O vice-presidente da Reserva Federal dizia, na altura, que divisas como as bitcoin podem “promover um sistema de pagamentos mais rápido, seguro e eficiente”, segundo o Financial Times.

 

O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que “as divisas virtuais, tais como outros meios sistemas de pagamento, constituem um serviço financeiro legítimo mas também podem ser exploradas por entidades criminais”. Até aqui, têm sido “constrangimentos práticos como volatilidade, liquidez e acesso” a impedirem um uso mais regular da moeda para actividades ilícitas.

 

A autoridade para os mercados mobiliários (Securities Exchange Commission - SEC), equivalente à CMVM portuguesa, também avançou que este tipo de meios de pagamento são legítimos.

 

Já o Departamento de Justiça afirmou que o FBI se tem focado apenas nas divisas e sistemas de pagamento electrónicos, quando estes são “intencionalmente desenvolvidos para atrair e facilitar pagamentos ilícitos” ou cujos controlos são tão ligeiros que se tornam “condutores involuntários” de transacções ilegais.

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