Notícia
Sonae Retalho será a nona maior empresa da bolsa de Lisboa
O Haitong avalia a empresa em 1,8 mil milhões de euros. Uma capitalização bolsista que supera a de cotadas como a REN, Altri, Mota-Engil e CTT.
A Sonae anunciou, esta segunda-feira, que o portefólio potencialmente sujeito à entrada em bolsa inclui o retalho alimentar, com a Sonae MC, e a propriedade imobiliária, com a Sonae RP. Um portefólio que, segundo estimativas do Haitong, terá um valor de mercado de 1,8 mil milhões de euros. Uma capitalização bolsista que, a confirmar-se, significará a nona maior empresa da bolsa de Lisboa.
O Haitong avalia a Sonae MC (que integra os hipermercados Continente) em 1.625 milhões de euros e a Sonae RP em 840 milhões de euros, o que implica um "enterprise value" (valor da empresa incluindo dívida) de 8 vezes o EBITDA estimado para 2018. Como a Sonae deverá optar por transferir a dívida respectiva para a nova empresa, "uma vez que o retalho não-alimentar tem 'cash flow' negativo", o banco estima que a futura cotada "terá uma capitalização bolsista em redor de 1,8 mil milhões de euros e a venda de 30% do capital pode gerar um encaixe de 600 milhões de euros".
Um valor de mercado que colocaria a empresa a meio da tabela das maiores empresas da praça portuguesa. Valeria mais do que cotadas como a REN, Altri, Mota-Engil ou CTT. A própria Sonae SGPS tinha, esta terça-feira, um valor de mercado de 2,29 mil milhões de euros.
O Haitong e o BPI coincidem na análise de que a Sonae tomou a decisão correcta em escolher apenas o retalho alimentar e o imobiliário para dispersar em bolsa, deixando de fora o retalho especializado (como a Worten, SportZone e Zippy). "Na nossa perspectiva o perímetro de activos (alimentar e imobiliário) deverá simplificar a operação", referem os analistas do BPI, explicando que assim a nova empresa "deverá ser mais comparável com as pares do retalho alimentar na Europa".
Caso a nova empresa incluísse o retalho especializado, o encaixe "não seria maximizado" uma vez que estas unidades "estão em processo de reestruturação" e ainda dão um contributo negativo para os lucros da unidade de retalho, acrescenta o BPI. O Haitong também diz que faz sentido "listar apenas a MC e a RP para tornar a história do IPO mais simples para os investidores", apresentando ao mercado uma cotada com um "perfil de 'cash flow' estável". Ainda assim, salienta que continua "a ver muito valor nos formatos de retalho especializado e provavelmente no longo prazo tornaria" a nova empresa "numa cotada mais interessante".
A Sonae MC e a Sonae RP geraram, no primeiro trimestre, um volume de negócios combinado de 963 milhões de euros (numa soma simples, sem ter em linha de conta as transferências para a própria empresa) e um EBITDA subjacente de 55 milhões de euros.
O Haitong avalia a Sonae MC (que integra os hipermercados Continente) em 1.625 milhões de euros e a Sonae RP em 840 milhões de euros, o que implica um "enterprise value" (valor da empresa incluindo dívida) de 8 vezes o EBITDA estimado para 2018. Como a Sonae deverá optar por transferir a dívida respectiva para a nova empresa, "uma vez que o retalho não-alimentar tem 'cash flow' negativo", o banco estima que a futura cotada "terá uma capitalização bolsista em redor de 1,8 mil milhões de euros e a venda de 30% do capital pode gerar um encaixe de 600 milhões de euros".
O Haitong e o BPI coincidem na análise de que a Sonae tomou a decisão correcta em escolher apenas o retalho alimentar e o imobiliário para dispersar em bolsa, deixando de fora o retalho especializado (como a Worten, SportZone e Zippy). "Na nossa perspectiva o perímetro de activos (alimentar e imobiliário) deverá simplificar a operação", referem os analistas do BPI, explicando que assim a nova empresa "deverá ser mais comparável com as pares do retalho alimentar na Europa".
Caso a nova empresa incluísse o retalho especializado, o encaixe "não seria maximizado" uma vez que estas unidades "estão em processo de reestruturação" e ainda dão um contributo negativo para os lucros da unidade de retalho, acrescenta o BPI. O Haitong também diz que faz sentido "listar apenas a MC e a RP para tornar a história do IPO mais simples para os investidores", apresentando ao mercado uma cotada com um "perfil de 'cash flow' estável". Ainda assim, salienta que continua "a ver muito valor nos formatos de retalho especializado e provavelmente no longo prazo tornaria" a nova empresa "numa cotada mais interessante".
A Sonae MC e a Sonae RP geraram, no primeiro trimestre, um volume de negócios combinado de 963 milhões de euros (numa soma simples, sem ter em linha de conta as transferências para a própria empresa) e um EBITDA subjacente de 55 milhões de euros.