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Sonae Capital, Nos e Navigator são as acções preferidas do CaixaBI

O CaixaBI já elegeu as suas cotadas de eleição para 2018. São três as empresas do PSI-20 que conquistam o estatuto de "top picks" e todas de sectores diferentes. Sonae Capital, Nos e Navigator.

Miguel Baltazar
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O CaixaBI já escolheu as suas acções preferidas para este ano. Sonae Capital, que deverá beneficiar do "boom" turístico em Portugal, a Nos, com um desempenho operacional sólido, e a Navigator, que tem um balanço robusto, são as escolhas para 2018.

 

As empresas do PSI-20 que são acompanhadas por esta casa de investimento apresentam um potencial de retorno médio de cerca de 5% este ano, mas o CaixaBI admite que este cenário possa sofrer alterações, nomeadamente "revisões em alta dos preços-alvo de algumas empresas, baseadas nos resultados que forem apresentados nos próximos trimestres". As estimativas para o banco de investimento apontam para um aumento de 12% nos lucros por acção das cotadas portuguesas.

A beneficiar a bolsa nacional estará também "uma redução da percepção de risco de Portugal e dos activos domésticos, depois de melhorias do rating da República por parte de duas agências."

O CaixaBI também antecipa um desempenho positivo nas bolsas norte-americanas, que apesar da subida das taxas de juro por parte da Fed deverão ser suportadas pela redução de impostos. Para as bolsas europeias as perspectivas são também animadoras, beneficiando com o "desempenho positivo da economia".

 

Top picks

Na edição deste ano, o CaixaBI elegeu três cotadas para 2018, menos uma do que no ano passado. E apenas uma se repete: a Navigator.

 

Na lista das preferidas do CaixaBI para o ano de 2017 constavam quatro cotadas portuguesas: Corticeira Amorim, Navigator, Sonae e EDP Renováveis.

 

Este ano as escolhidas são a Sonae Capital, a Nos e a Navigator. A que tem maior potencial de subida é a Nos, seguida pela Sonae Capital. A ex-Portucel é que tem a margem de progressão potencial menor, ainda assim próxima dos 10%.

 

Sonae Capital: "Desbloquear valor através do turismo"

O CaixaBI destaca o facto de a Sonae Capital ter vendido activos considerados não-core, focando-se na área do turismo, numa altura em que o país está a registar um "boom" neste sector.

 

"A Sonae Capital é agora uma empresa mais orientada para o turismo (operando através do Tróia Resort), com exposição a um negócio de rápido crescimento (ginásios) e a investir em negócios mais estáveis, como a energia", salienta a nota de análise. Os analistas admitem que "a história da Sonae Capital não é fácil de acompanhar" devido às mudanças de portfólio, mas acreditam que "a empresa pode tirar partido do ‘boom’ do turismo, dos vistos ‘gold’ e da popularidade única que de que o país está a ser alvo entre a comunidade de viajantes".

 

O CaixaBI avalia a Sonae Capital em 1,05 euros, o que confere à cotada um potencial de subida de 13,76% face ao valor de fecho de sexta-feira.

  

Nos: "Mostrem-me o dinheiro (dividendos)"

Os analistas salientam o "aumento significativo da quota de mercado nos últimos três anos" e destacam "o desempenho operacional da Nos" para justificar a escolha da empresa como "top pick".

 

Mas há um outro argumento que merece mais destaque: dividendos. Os analistas accreditam que a empresa vai apostar numa política de distribuição de lucros pelos seus accionistas mais atractiva. "Actualmente prevemos que o dividendo possa aumentar a um ritmo médio anual de 28,5% entre 2016 e 2020 de 0,16 euros para 0,43 euros" no período em análise.  

 

O CaixaBI avalia a Nos em 6,50 euros, o que confere às acções da operadora um potencial de subida de 16,5%.  

 

Navigator: "Um forte mercado de pasta"

"O caso de investimento da Navigator continua a ser muito simples: um balanço robusto, níveis de eficiência operacional elevados, forte geração de ‘cash flow’ e capacidade de gestão e controlo accionista para manter uma política de dividendos generosa", explica a nota de análise.

 

Esta análise justifica assim a permanência da Navigator entre as eleitas para o CaixaBI, que avalia a ex-Portucel em 4,90 euros, o que dá um potencial de subida das acções de quase 9,6%, tendo em consideração o valor de fecho das acções na última sexta-feira.

 

Economia deverá crescer acima de 2%

As previsões do CaixaBI incluem estimativas para a economia, que apontam para que depois de um crescimento previsto de 2,6% em 2017 o produto interno bruto (PIB) continue a revelar um bom desempenho. As estimativas dos economistas desta casa de investimento apontam para que o PIB cresça 2,3% em 2018, num período em que as exportações deverão continuar a ser o motor económico, em que o desemprego deverá continuar a descer, atingindo os 8,8%, e o défice a diminuir para 1% em 2018.

 

Na Zona Euro o cenário é semelhante. A economia deverá abrandar o ritmo de crescimento para 2,2%, o desemprego e o défice deverão diminuir. Já a inflação deverá manter-se em torno de 1,5%, o que significa que ficará abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), o que a confirmar-se retira pressão sobre a autoridade liderada por Mario Draghi para acelerar a retirada de estímulos à economia.

A avaliação do CaixaBI às 17 cotadas portuguesas que acompanha:

Altri – Preço-alvo de 5,30 euros

Altri – Preço-alvo de 5,30 euros
A recomendação para a Altri é de “acumular”, embora o preço-alvo aponte para um potencial de queda de 1,3%. O CaixaBI salienta que a cotada está dependente de duas variáveis: preços da pasta e taxa de câmbio do euro face ao dólar. A forte procura deverá manter os preços da matéria-prima em níveis elevados, sendo que o banco assume que se esta continuar resiliente, os preços deverão manter-se até 2020.

BCP – Preço-alvo de 0,31 euros

BCP – Preço-alvo de 0,31 euros
O CaixaBI recomenda “comprar” para o BCP, tendo uma visão “positiva” para o banco no contexto da recuperação económica em Portugal. A recuperação do balanço do banco liderado por Nuno Amado deverá continuar este ano, beneficiando com a melhoria da margem financeira e a redução dos custos do risco de crédito.

BPI – Preço-alvo de 1,25 euros

BPI – Preço-alvo de 1,25 euros
O CaixaBI recomenda “acumular” para o BPI, considerando que o foco do banco em 2018 continuará a estar relacionado com a capacidade de capturar sinergias. O banco de investimento não antecipa nenhuma alteração relevante no valor de mercado do BPI, que deverá continuar a beneficiar com um balanço sólido e baixos custos de financiamento, que lhe deverão permitir ser mais agressivo na concessão de crédito aos clientes.

Cofina – Preço-alvo de 0,40 euros

Cofina – Preço-alvo de 0,40 euros
O CaixaBI recomenda “reduzir” na Cofina, depois do “impressionante” rally de 80% registado em 2017 ter deixado a acção sem potencial de valorização. O banco diz que a “baixa visibilidade” da evolução do negócio é o principal ponto fraco da empresa, pelo que a perspectiva para a evolução das receitas é “cautelosa”.

CTT – Preço-alvo de 4,70 euros

CTT – Preço-alvo de 4,70 euros
A recomendação para os CTT é de “comprar”, tendo em conta o potencial de subida de 27% face ao preço-alvo de 4,70 euros. O CaixaBI adianta que o balanço sólido e a capacidade para gerar “cash flow” representam “excelentes” indicadores para manter uma “política de dividendos generosa”.

EDP – Preço-alvo de 3,15 euros

EDP – Preço-alvo de 3,15 euros
O CaixaBI tem uma recomendação de “acumular” para a EDP, cotada que sofreu uma alteração significativa do seu portfolio de activos e sentiu os efeitos negativos de condições climatéricas “desfavoráveis” e foi penalizada por notícias sobre alterações regulatórias. Os resultados este ano deverão continuar “sob pressão”, enquanto o “dividendo atractivo” (rentabilidade de 6,4%) é um ponto positivo.

EDP Renováveis – Preço-alvo de 7,10 euros

EDP Renováveis – Preço-alvo de 7,10 euros
O CaixaBI tem uma recomendação de “neutral” para a EDP Renováveis, uma cotada que permanece com “opções interessantes de crescimento a desenvolver” e um portfolio de activos que lhe permite atingir as metas previstas até 2020. Contudo o banco destaca que depois da OPA da casa-mãe a EDPR viu a sua liquidez descer de “forma significativa” e os fundamentais “perderam importância”.

Galp Energia – Preço-alvo de 14,60 euros

Galp Energia – Preço-alvo de 14,60 euros
Apesar de ter uma recomendação de “reduzir” para a Galp, o CaixaBI diz que a cotada apresenta uma das “histórias mais singulares” no sector de petróleo e gás na Europa. Segundo o banco, a Galp oferece um “perfil defensivo face a preços do petróleo baixos”, bem como um potencial de subida com a produção no pré-sal no Brasil.

Ibersol – Preço-alvo de 12,10 euros

Ibersol – Preço-alvo de 12,10 euros
O CaixaBI tem uma recomendação de “neutral” para a Ibersol, uma cotada que tem sido capaz de aumentar as receitas e as margens de forma orgânica, o que tem gerado ganhos em bolsa. O banco estima que a empresa que opera as marcas Pizza Hut e Burger King em Portugal tenham mantido as margens no decorrer do quarto trimestre.

Impresa – Preço-alvo de 0,30 euros

Impresa – Preço-alvo de 0,30 euros
O CaixaBI tem uma recomendação de “reduzir” para a Impresa, depois de as acções da cotada terem disparado 86% no ano passado, um desempenho que está relacionado com a especulação de movimentos de fusões e aquisições no sector dos media. O banco destaca que uma das fraquezas do sector está na baixa visibilidade do mercado publicitário sendo que a renegociação do contrato com a Nos é outros dos riscos.

Jerónimo Martins - Preço-alvo de 16,70 euros

Jerónimo Martins - Preço-alvo de 16,70 euros
A melhoria da economia polaca deverá continuar a beneficiar a Jerónimo Martins, nomeadamente na evolução das receitas este ano, embora o aumento da concorrência represente um factor negativo. O CaixaBI tem uma recomendação de "neutral" para a cotada, que tem na Colômbia o seu principal potencial de valorização.

Mota-Engil - Preço-alvo de 2,90 euros

Mota-Engil - Preço-alvo de 2,90 euros
A construtora apresenta uma carteira de encomendas "muito interessante", com um forte peso em África (54%) e na América Latina (40%). O CaixaBI, que tem uma recomendação de "reduzir" para a cotada, diz que os esforços da Mota-Engil para expandir no exterior "devem assegurar oportunidades de crescimento robustas".

Nos - Preço-alvo de 6,50 euros

Nos - Preço-alvo de 6,50 euros
Os analistas salientam o "aumento significativo da quota de mercado nos últimos três anos" e destacam "o desempenho operacional da Nos" para justificar a escolha da empresa como "top pick". Mas há um outro argumento que merece mais destaque: dividendos. Os analistas accreditam que a empresa vai apostar numa política de distribuição de lucros pelos seus accionistas mais atractiva. "Actualmente prevemos que o dividendo possa aumentar a um ritmo médio anual de 28,5% entre 2016 e 2020 de 0,16 euros para 0,43 euros" no período em análise. O CaixaBI avalia a Nos em 6,50 euros, o que confere às acções da operadora um potencial de subida de 16,5%.

Semapa - Preço-alvo de 21,80 euros

Semapa - Preço-alvo de 21,80 euros
A avaliação da Semapa é em grande parte determinada pela posição na Navigator, que apresenta boas perspectivas para continuar a ser um "sólido" gerador de "cash" nos próximos anos. A ex-Portucel deverá continuar com uma política de dividendos "robusta", o que ajudará à desalavancagem da Semapa.

Sonae - Preço-alvo de 1,25 euros

Sonae - Preço-alvo de 1,25 euros
O CaixaBI recomenda "comprar" as acções da Sonae, uma cotada que tem no retalho alimentar a sua principal fonte de valor. Nesta unidade as margens estão a ser pressionadas pelo mercado doméstico embora seja de esperar um contributo positivo da recuperação da economia portuguesa.

Sonae Capital - Preço-alvo de 1,05 euros

Sonae Capital - Preço-alvo de 1,05 euros
O CaixaBI destaca o facto de a Sonae Capital ter vendido activos considerados não-core, focando-se na área do turismo, numa altura em que o país está a registar um "boom" neste sector. "A Sonae Capital é agora uma empresa mais orientada para o turismo (operando através do Tróia Resort), com exposição a um negócio de rápido crescimento (ginásios) e a investir em negócios mais estáveis, como a energia", salienta a nota de análise. Os analistas admitem que "a história da Sonae Capital não é fácil de acompanhar" devido às mudanças de portfólio, mas acreditam que "a empresa pode tirar partido do ‘boom’ do turismo, dos vistos ‘gold’ e da popularidade única que de que o país está a ser alvo entre a comunidade de viajantes". O CaixaBI avalia a empresa liderada por Paulo Azevedo em 1,05 euros, o que confere à cotada um potencial de subida de 13,76% face ao valor de fecho de sexta-feira.

Navigator - Preço-alvo de 4,90 euros

Navigator - Preço-alvo de 4,90 euros
"O caso de investimento da Navigator continua a ser muito simples: um balanço robusto, níveis de eficiência operacional elevados, forte geração de ‘cash flow’ e capacidade de gestão e controlo accionista para manter uma política de dividendos generosa", explica a nota de análise. Esta análise justifica assim a permanência da Navigator entre as eleitas para o CaixaBI, que avalia a empresa liderada por Diogo da Silveira em 4,90 euros, o que dá um potencial de subida das acções de quase 9,6%, tendo em consideração o valor de fecho das acções na última sexta-feira.
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