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Sonae Capital agrava prejuízos, mas analistas recomendam "comprar"

Os analistas do BPI desvalorizam os resultados mais negativos do que o esperado que a Sonae Capital apresentou no primeiro trimestre. Dizem que este é "um dos trimestres menos representativos" e contam com desfechos positivos na venda de activos imobiliários.

A empresa liderada por Cláudia Azevedo propõe distribuir um dividendo ilíquido de 0,10 euros por acção, o que equivale a quase 12% da cotação actual. A Sonae Capital vai distribuir mais dinheiro aos accionistas do que o lucro obtido em 2016, que foi de 18,7 milhões. Os accionistas vão receber 25 milhões de euros.
23 de Maio de 2018 às 10:57
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Os resultados da Sonae Capital surpreenderam pela negativa, superando em quase 50% as perdas estimadas pelos analistas. Mas este desempenho não deve desanimar os investidores, defendem os analistas.

"A Sonae Capital apresentou resultados neutrais e o primeiro trimestre é um dos menos representativos para a empresa", dizem os analistas do BPI. Tendo em conta "acordos promissores" para a venda de activos imobiliários no segundo trimestre, os quais não são centrais no negócio da empresa, os mesmos analistas reforçam a recomendação de compra para os títulos da cotada. 

Posto isto, as estimativas para o ano mantém-se inalteradas. "Não deveremos fazer revisões relevantes nesta fase", afirma o BPI. A casa de investimento deste banco aponta para uma dívida líquida de 129 milhões de euros até ao final de 2018, reflectindo o investimento necessário à expansão e o peso dos dividendos, que são descontados no dia 28 de Maio.

A empresa liderada por Cláudia Azevedo deu conta ao mercado de um prejuízo de 7,47 milhões de euros no primeiro trimestre, superando em 47,9% as perdas de 5,05 milhões do mesmo período em 2017 e o valor esperado pelos analistas, que rondava precisamente os 5 milhões. A empurrar a Sonae para terreno mais negativo esteve "a estimativa mais recente de custo total relativo ao processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil que ascende a 2 milhões de euros", justificou a empresa. 

Os analistas reconhecem este como um dos principais factores para o desvio em relação às estimativas, para além do efeito das provisões mais elevadas do que o esperado.  

Na sessão desta quarta-feira, a primeira após a apresentação do relatório e contas relativo ao primeiro trimestre, as acções da cotada apresentaram uma desvalorização de 6,76% para os 96,6 cêntimos, mas já reduziram a quebra para os 1,74%, cotando agora nos 1,018 euros.  

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.





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