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Sonae Capital agrava prejuízos para 7,47 milhões

A empresa liderada por Cláudia Azevedo registou perdas de 7,47 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, contra 5,05 milhões um ano antes, superando assim as estimativas dos analistas.

Presidente da comissão executiva da Sonae Capital. É a empresa que mais deu a ganhar aos investidores em 2016 e conta com uma gestão no feminino. Cláudia Azevedo, a única filha de Belmiro de Azevedo, substituiu o pai na liderança da Sonae Capital em Março de 2013 e é mesmo a única mulher à frente de uma cotada do PSI-20. Cláudia Azevedo está ainda no conselho de administração da Nos, onde ocupa um cargo não executivo.
22 de Maio de 2018 às 19:34
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A Sonae Capital reportou um prejuízo de 7,47 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, o que corresponde a um agravamento de 47,9% face às perdas de 5,05 milhões no período homólogo de 2017.

 

Este resultado líquido negativo fica assim acima das projecções dos analistas do BPI e CaixaBI, que apontavam para prejuízos de 5 milhões de euros, um valor de igual dimensão ao mesmo período do ano passado.

"O resultado líquido do trimestre está penalizado de forma não recorrente em, aproximadamente, 3 milhões de euros, devido essencialmente ao reconhecimento da estimativa mais recente de custo total relativo ao processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil que ascende a 2 milhões de euros", explica a empresa.

Já o volume de negócios consolidado ascendeu, no mesmo período, a 42,32 milhões de euros, mais 32,4% do que os 31,95 milhões registados nos primeiros três meses de 2017. Os analistas do BPI estimavam receitas de 41 milhões de euros e os do CaixaBI apontavam para 39,4 milhões.

 

Por seu lado, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado mais do que duplicou, para 2,08 milhões de euros, gerando uma margem de 4,9% e uma melhoria de 3,7 pp face à margem registada no primeiro trimestre do ano passado. Ficou assim acima do projectado pelos analistas.

 

"De notar a evolução significativa de rentabilidade das unidades de negócio, +125%", refere o comuncado.

 

Os analistas dos dois bancos de investimento apontavam para uma subida significativa do EBITDA, com o CaixaBI a estimá-lo nos 1,8 milhões de euros e o BPI a projectar um valor de 2 milhões de euros.

A empresa destaca, no comunicado dos resultados, a "conclusão da aquisição e integração da cadeia de Fitness PUMP, que opera sete clubes na região de Lisboa e um no Algarve, contribuindo para a melhoria significativa da posição competitiva do segmento".

 

O contributo, no primeiro trimestre deste ano, das operações adquiridas (Energia e Fitness) ascende a 5,49 milhões de euros e a 1,37 milhões, do volume de negócios e do EBITDA consolidado, correspondente a, respectivamente, 53% e 83% do crescimento, acrescenta.

 

Além disso, a Sonae Capital salienta que nos primeiros três meses do ano se realizaram 6 escrituras de unidades residenciais turísticas, em Tróia, correspondentes a 2,4 milhões de euros. "Adicionalmente, à data deste relatório, já se tinha celebrado mais uma escritura e ainda existem 15 contratos em Reserva/CPCV, no montante global de 6,6 milhões de euros", explicou.


A empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto) encerrou a sessão desta terça-feira a somar 1,57% para 1,036 euros.


(notícia actualizada às 20:10)

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