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Sonae Capital agrava prejuízos para 7,47 milhões
A empresa liderada por Cláudia Azevedo registou perdas de 7,47 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, contra 5,05 milhões um ano antes, superando assim as estimativas dos analistas.
A Sonae Capital reportou um prejuízo de 7,47 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, o que corresponde a um agravamento de 47,9% face às perdas de 5,05 milhões no período homólogo de 2017.
Este resultado líquido negativo fica assim acima das projecções dos analistas do BPI e CaixaBI, que apontavam para prejuízos de 5 milhões de euros, um valor de igual dimensão ao mesmo período do ano passado.
"O resultado líquido do trimestre está penalizado de forma não recorrente em, aproximadamente, 3 milhões de euros, devido essencialmente ao reconhecimento da estimativa mais recente de custo total relativo ao processo de descontinuação da operação da RACE no Brasil que ascende a 2 milhões de euros", explica a empresa.
Já o volume de negócios consolidado ascendeu, no mesmo período, a 42,32 milhões de euros, mais 32,4% do que os 31,95 milhões registados nos primeiros três meses de 2017. Os analistas do BPI estimavam receitas de 41 milhões de euros e os do CaixaBI apontavam para 39,4 milhões.
Por seu lado, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado mais do que duplicou, para 2,08 milhões de euros, gerando uma margem de 4,9% e uma melhoria de 3,7 pp face à margem registada no primeiro trimestre do ano passado. Ficou assim acima do projectado pelos analistas.
"De notar a evolução significativa de rentabilidade das unidades de negócio, +125%", refere o comuncado.
Os analistas dos dois bancos de investimento apontavam para uma subida significativa do EBITDA, com o CaixaBI a estimá-lo nos 1,8 milhões de euros e o BPI a projectar um valor de 2 milhões de euros.
A empresa destaca, no comunicado dos resultados, a "conclusão da aquisição e integração da cadeia de Fitness PUMP, que opera sete clubes na região de Lisboa e um no Algarve, contribuindo para a melhoria significativa da posição competitiva do segmento".
O contributo, no primeiro trimestre deste ano, das operações adquiridas (Energia e Fitness) ascende a 5,49 milhões de euros e a 1,37 milhões, do volume de negócios e do EBITDA consolidado, correspondente a, respectivamente, 53% e 83% do crescimento, acrescenta.
Além disso, a Sonae Capital salienta que nos primeiros três meses do ano se realizaram 6 escrituras de unidades residenciais turísticas, em Tróia, correspondentes a 2,4 milhões de euros. "Adicionalmente, à data deste relatório, já se tinha celebrado mais uma escritura e ainda existem 15 contratos em Reserva/CPCV, no montante global de 6,6 milhões de euros", explicou.
A empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto) encerrou a sessão desta terça-feira a somar 1,57% para 1,036 euros.
(notícia actualizada às 20:10)