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Santander: Nos deve cortar outros custos e aumentar preços

O banco espanhol espera que o aumento dos custos com a transmissão dos jogos de futebol em Portugal levará a Nos a efectuar outros cortes de custos e a aumentar os preços. A recomendação subiu para "comprar".

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Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 21 de Janeiro de 2016 às 13:12

O Santander melhorou a recomendação para as acções da Nos, de "manter" para "comprar", apesar de ter reduzido o preço-alvo de 8,15 euros para 7,90 euros.

 

Numa nota de "research", a que o Negócios teve acesso, o banco espanhol centra a análise na Nos à transformação no mercado de direitos de transmissão de jogos de futebol em Portugal. O Santander estima na época 2019/2020 que os direitos de transmissão atinjam um total de 144,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 50% face aos valores da actual época (2015/2016), que ascendem a 90 milhões de euros.

 

De acordo com o banco, este aumento nos custos deverá ser mitigado com recurso a cortes nos outros custos e aumento de preços. "Esperamos que a Nos anule parcialmente este aumento de custos com conteúdos, baixando outros custos e alcançando mais receitas, sobretudo através dos preços", refere a nota.

 

No que diz respeito aos preços, o Santander assinala que o ambiente no mercado está "mais saudável", pois a Nos aumentou os preços em 3,2% e as restantes operadoras também efectuaram subidas. Dessa forma, a banco estima que o ARPU (receita média mensal por cliente) da Nos aumente 5,5% em 2016.

 

Ainda assim, devido aos custos mais elevados com o futebol, o Santander cortou as estimativas para a Nos. Sobretudo no longo prazo, com a descida de 1,5% no "free cash flow (FCF)" estimado para 2018 e de 2,7% para 2020.

 

É esta redução que justifica a descida de 25 cêntimos no preço-alvo por acção, embora o Santander assinale que a Nos deverá continuar a apresentar "resultados sólidos", quer ao nível das receitas, quer no EBITDA e FCF. "No actual cenário do mercado, as operadoras com fortes posições e um FCF atractivo têm um perfil mais defensivo e devem registar uma prestação acima do sector", conclui.

 

As acções da Nos valorizam 1,07% para 6,493 euros. O preço-alvo incorpora um potencial de valorização de 21,7%.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.         


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