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Resultados da Nos em linha com as estimativas dos analistas

As unidades de telecomunicações e as de cinema e audiovisuais foram, nos resultados desta segunda-feira, as surpresas positivas para os analistas, que, na maior parte dos casos, estão confortáveis com a avaliação da cotada.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Novembro de 2016 às 10:45
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A Nos fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 78,4 milhões de euros, um aumento de 6,6% face ao valor registado no período homólogo de 2015. 

 

A generalidade dos bancos de investimento considera que os números ficaram em linha com o que estava a ser antecipado. Os destaques positivos foram as unidades de telecomunicações e de cinema e audiovisuais. Pela negativa, os analistas realçam o capex e o segmento grossista.

 

Uma ideia que é partilhada pela maioria das casas de investimento é de "conforto" com a avaliação que fazem da empresa liderada por Miguel Almeida.

 

"Os resultados do terceiro trimestre foram melhores do que o esperado, com as receitas e o EBITDA 0,8% e 1,6% acima do consenso, respectivamente", diz o JPMorgan, numa nota a que o Negócios teve acesso. Já o "capex ficou abaixo das nossas expectativas", acrescenta.

 

Já a IM Valores diz que o volume de negócios ficou "375 milhões acima das nossas estimativas devido a receitas melhores [no segmento] de audiovisual e cinema". O EBITDA também superou as previsões. "A contribuição positiva da Zap e da Sport TV também contribuiu para um resultado líquido de 27,5 milhões de euros" o que compara com "a estimativa de 20,2 milhões" do IM Valores. "Sentimo-nos confortáveis com a nossa avaliação de 7,20 euros", com uma recomendação de "comprar".

 

"Os resultados ficaram em linha com o consenso", salienta a Jefferies, que realça que "o bom desempenho [da unidade] de telecomunicações, foi travado por receitas surpreendentemente fracas [no segmento] grossista". "Um desempenho inesperadamente forte do [segmento] Cinema e Audiovisuais", acrescenta a mesma casa de investimento.

 

A Fidentiis realça que o EBITDA ficou "em linha com as estimativas", mas houve "um crescimento muito melhor nos indicadores de desempenho chave e nas receitas". O aumento das receitas "parece vir de margens mais baixas na venda de equipamentos, o que se insere num crescimento de subscritores mais forte". "Este crescimento dos indicadores de desempenho chave é muito encorajador", com a Fidentiis a acreditar que a Nos "está a continuar a conquistar quota de mercado, apesar da forte concorrência de preços da Vodafone".

 

Os números também ficaram em linha com as previsões do Haitong, que realça que "as acções da Nos têm estado sob pressão nas últimas semanas", essencialmente devido "ao abrandamento do crescimento". "Contudo, estamos convencidos que o mercado ainda não incorporou completamente as implicações positivas do ambiente competitivo propiciado pela partilha de conteúdos desportivos entre todos os operadores." Este contexto leva a que o Haitong mantenha a Nos na lista "de balas de prata", com um preço-alvo de 8,0 euros.

 

O CaixaBI considera os "resultados neutrais, em linha com as nossas expectativas em termos operacionais. Gostaríamos de salientar pela positiva neste trimestre a resiliência do negócio de Telecomunicações, as melhorias registadas nos segmentos de Cinema e Audiovisuais e ainda o contributo positivo das empresas associadas e joint-ventures. Pela negativa e embora fosse antecipado, salienta-se o impacto a nível de EBITDA decorrente do aumento dos custos relacionado com os conteúdos desportivos que originou também uma quebra na geração de cash-flow."

 

As acções da Nos estão a subir 2,16% para 5,97 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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