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Haitong: Sem Naturgas, lucros da EDP descem 10% no terceiro trimestre

No terceiro trimestre, e de acordo com as previsões do Haitong os lucros, ajustados do efeito da alienação da Naturgas e da Moray, desceram 10% para 122 milhões de euros. Contudo, sem este ajuste, os lucros dispararam mais de 300% para mais de 600 milhões de euros.

A EDP não deu novidades aos investidores sobre as investigações judiciais sobre suspeitas de corrupção nos contratos dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), segundo o CaixaBank BPI. Os responsáveis da eléctrica indicaram que a gestão não foi alvo de novas abordagens pelas autoridades em relação a essa matéria. Já em relação aos ajustamentos dos CMEC para os próximos dez anos, a empresa indicou que ainda não foram tomadas decisões, mas prevê que não sofram alterações muito significativas. Já em relação à EDP Renováveis, reiterou que a actual situação se deverá manter no médio prazo, depois de a EDP não ter conseguido mais de 90% da eólica na OPA. O preço-alvo é de 3,70 euros com análise 'neutral'.
24 de Outubro de 2017 às 09:00
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O Haitong estima que os resultados líquidos da EDP tenham disparado 342% para 632 milhões de euros no terceiro trimestre. Contudo, o resultado líquido ajustado do efeito da venda da Naturgas e da venda da Moray Offshore à EDP Renováveis, recuou 10% de Julho a Setembro, alcançando os 122 milhões de euros, estima o banco de investimento numa nota de análise a que o Negócios teve acesso.

A 27 de Julho, a eléctrica liderada por António Mexia informou o mercado que concluiu a venda da Naturgas, que detém a distribuição de gás em Espanha, o que conduziu a uma mais-valia de 700 milhões. Deste ganho, 500 milhões vão ser registados este ano, sendo o remanescente contabilizado nos próximos cinco anos.

O EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) cresceu 50% para 1.237 milhões de euros. Porém, o EBITDA ajustado aos efeitos da venda da Naturgas e de 23% do projecto Moray Offshore na Escócia (vendidos em Julho pela EDP Renováveis à francesa Engie por 23,7 milhões de euros) cedeu 8% para 723 milhões de euros.

O analista Jorge Guimarães, do Haitong, refere na nota que o banco de investimento espera que a eléctrica "tenha um trimestre fraco, penalizado pelo impacto negativo da seca persistente que se verifica na [Península] Ibérica na área da produção e abastecimento, o que pode ser parcialmente compensado por um EBITDA mais elevado da EDPR".

O analista aponta ainda que o motivo principal para a queda do EBITDA ajustado da empresa liderada por António Mexia será a queda "de 41% do EBITDA" face ao terceiro trimestre do ano passado da área de produção e abastecimento, que está a ser penalizada precisamente pelo "impacto adverso das condições meteorológicas na [Península] Ibérica".

A EDP apresenta os seus números no próximo dia 2 de Novembro após o fecho dos mercados. Sobe 0,03% para 3,01 euros na bolsa portuguesa.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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