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Haitong atribui potencial de 33% à EDPR após descer preço-alvo

Apesar da queda que a EDP Renováveis tem vindo a registar no último mês, devido à exposição ao mercado norte-americano, o Haitong desceu o preço-alvo de 8,20 euros para 8 euros. A recomendação continua em “comprar”.

28 de Novembro de 2016 às 10:46
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O banco de investimento Haitong decidiu descer o preço-alvo da EDP Renováveis de 8,20 euros para 8 euros. Por esta altura, a cotada está a descer 0,43% para 6,029 euros. Tendo em conta o preço-alvo estabelecido pelo banco e cotação actual, a acção tem um potencial de valorização de perto de 33%. A recomendação da Haitong mantém-se em "comprar".

Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, os analistas do banco explicam que a empresa liderada por Manso Neto (na foto) "foi duramente penalizada no último mês" tanto "em termos absolutos como relativos, sobretudo devido à sua exposição aos Estados Unidos".

Os analistas do Haitong salientam que, apesar de não poderem afirmar que não há qualquer risco para a operação da EDP Renováveis nos Estados Unidos "nos níveis actuais, pensamos que o mercado está simplesmente a ser muito duro com a empresa, retirando da sua capitalização bolsista mais do que o valor completo do pipeline total mundial".

A empresa de energias limpas conta actualmente com uma capitalização bolsista em torno de 5,2 mil milhões de euros, de acordo com a Bloomberg. Desde o início do ano, a empresa já perdeu 17,06%. E de 7 de Novembro até 28 de Novembro, a cotada perdeu 6,22%.


Em termos dos riscos que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos pode representar para o sector, os analistas do Haitong consideram que o mercado está a "ter uma reacção exagerada".

"Após as eleições presidenciais nos Estados Unidos, as acções expostas às renováveis nos Estados Unidos foram vendidas de forma agressiva. Olhámos em detalhe para regulação norte-americana para as renováveis e acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que as pessoas tipicamente pensam, uma vez que as regulações dependem de três fontes: presidente (clean power plan), Congresso (PTC’s e ITC’s) e estados (RPSs) e estes últimos dois não devem mudar. Ainda assim, estamos a ter uma abordagem mais conservadora no pipeline dos Estados Unido a médio prazo e a incorporar nas nossas previsões apenas a instalação de 1.2 GW até 2020, vs a meta de 1.8 GW da EDPR", pode ler-se na nota de análise do banco.

Os analistas consideram também que a perspectiva de crescimento de longo prazo continua a ser atractiva. Além disso, defendem, que a empresa vai melhorar o seu desempenho assim que as notícias relativas aos Estados Unidos provem não ser tão más como o esperado.


Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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