Notícia
CaixaBI revê em baixa preço-alvo dos CTT
Os analistas da casa de investimento da CGD baixaram em 7,3% o "target" para as acções dos CTT, mas dizem que a rendibilidade do dividendo ainda compensa o risco de execução.
O CaixaBI reviu em baixa de 7,3% o preço-alvo da empresa liderada por Francisco Lacerda, de 9,50 para 8,80 euros – conferindo-lhe, ainda assim, um potencial de subida de 37,2% face ao preço de fecho na sessão desta terça-feira (6,411 euros). Já a recomendação ficou inalterada, em "comprar".
"Na sequência dos resultados do segundo trimestre de 2016, apresentados a 4 de Agosto, que trouxeram algumas mudanças por parte da gestão em termos de ‘guidance’ em relação às receitas e EBITDA em 2016, decidimos afinar as nossas projecções e prolongar a nossa avaliação pelo ano de 2017", refere a nota de análise.
Os analistas sublinham que os resultados ficaram abaixo das suas projecções, com todos os segmentos a apresentarem uma descida das receitas em termos homólogos, nomeadamente no que diz respeito aos serviços financeiros.
"A margem EBITDA foi também penalizada pelo desempenho do segmento dos correios, e o impacto do Banco CTT foi bastante visível em termos homólogos", salienta o "research" do CaixaBI.
No entanto, destacam os analistas do braço de investimento da CGD, "consideramos que os CTT continuam a ser um operador de serviços postais bastante eficiente (contribuindo com mais de 70% para o EBITDA consolidado), com uma rendibilidade do dividendo (7,6%) bastante atractiva e um balaço sólido que permitirá à empresa continuar a oferecer uma remuneração interessante aos accionistas (claramente acima da média do sector), apesar do risco de execução relacionado com o Banco CTT".
"Consideramos também que a recente performance menos positiva do preço das acções constitui um bom ponto de entrada nos títulos", diz ainda a nota de análise.
Os CTT, recorde-se, fecharam o primeiro semestre com lucros de 31,7 milhões de euros, uma queda de 19% face ao período homólogo. O Banco CTT impactou o resultado em 10,2 milhões de euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.