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CaixaBI diz que execução operacional da Mota-Engil continua sólida

O CaixaBI reiniciou a cobertura da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins, atribuindo-lhe uma recomendação de compra e uma avaliação que confere um potencial de valorização de 54,8% das acções.

03 de Dezembro de 2014 às 19:03
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Os analistas do departamento de "research" do CaixaBI consideram que, apesar de as acções estarem a cair significativamente em bolsa desde a apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano e devido a alguns receios em torno do fundo de maneio e do endividamento da construtora, a execução operacional da Mota-Engil mantém-se sólida.

 

"Na nossa opinião, grande parte do aumento das necessidades do fundo de maneio está associada a necessidades específicas que decorrem do arranque de novos projectos, e progressivamente irão reverter para os valores normais (que são sempre elevados)", sublinha a análise.

 

O CaixaBI reiniciou a cobertura da Mota-Engil com uma recomendação de "comprar" para 2015 e um preço-alvo de 4,60 euros por acção, o que lhe confere um potencial de valorização de 54,8% face aos 2,973 euros a que encerrou na sessão de hoje.

 

Os analistas sublinham que os projectos em África e as potenciais sinergias decorrentes da aquisição da EGF são factores de sustentação da empresa. Em contrapartida, o potencial impacto negativo da evolução adversa dos preços das matérias-primas, bem como a tendência negativa das necessidades em matéria de dívida e fundo de maneio evidenciada em 2014, aumentam o perfil de risco da Mota-Engil e devem ser tomados em consideração, acrescentam.

 

O "research" observa ainda que o facto de a Mota-Engil África estar agora cotada na Euronext Amesterdam traz o benefício de melhorar a transparência em relação às suas operações em África.

 

Por outro lado, realçam, "a América Latina está a roubar rapidamente a ribalta a África e a revelar-se uma sólida fonte de crescimento para a Mota-Engil".

 

Quanto à Ascendi (controlada pela Mota-Engil), os analistas do CaixaBI consideram que continua a ser uma unidade opaca, não dando assim o adequado suporte à avaliação da Mota-Engil, "especialmente agora que os termos da concessão portuguesa foram renegociados, de acordo com os media locais". "É por isso que qualquer acordo envolvendo a entrada de um novo parceiro à estrutura accionista será bem-vindo, desde que os pormenores do acordo sejam suficientemente divulgados", concluem.

 

Recorde-se que a Mota-Engil registou nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido de 49,7 milhões de euros, o que representou um aumento de 31,2% face ao mesmo período de 2013. De acordo com o relatório de gestão consolidado do terceiro trimestre, nos primeiros nove meses do ano o volume de negócios do grupo cresceu 7,6%, com os acréscimos registados em África (mais 19%) e na América Latina (mais de 24,1%). Na Europa, o volume de negócios recuou 11%. 

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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