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CaixaBI: CCCC, o "golden visa" da Mota-Engil que marca o "início de nova era". Ações com potencial de 49%

Numa nota onde reiniciou a cobertura das ações da construtora portuguesa, o CaixaBI aplaude a parceria fixada com os chineses da CCCC e recomenda "comprar" os títulos da Mota-Engil. Vê ações a subir 45%.

O aumento de capital prevê o encaixe de até 150 milhões de euros, mas a empresa liderada por Moura Martins pode garantir só 100 milhões.
Mariline Alves
15 de Julho de 2021 às 10:37
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O CaixaBI reiniciou a cobertura das ações da Mota-Engil, com um preço-alvo de dois euros por ação, uma avaliação que confere um potencial de subida superior a 45%. A recomendação é de "comprar", com os analistas a argumentarem que a parceria estratégica com os chineses da CCCC pode abrir novos mercados à construtora portuguesa, assim como facilitar o financiamento.

 

"Acreditamos que o investimento e a parceria estratégica assinada com a China Communications Construction Company (CCCC) pode ser um ‘game changer’" para a Mota-Engil", escreve o analista Artur Amaro, numa nota de análise intitulada "Golden Visa – o início de uma nova era", que foi publicada esta quinta-feira e a que o Negócios teve acesso.

 

O analista considera que o acordo permitiu à empresa lusa receber uma injeção de capital num momento difícil, além de permitir à Mota-Engil "ganhar acesso a novas fontes de financiamento, experiência e know-how de um dos maiores grupos de infraestruturas do mundo".

 

O CaixaBI refere ainda que ambas as empresas, a CCCC e a Mota-Engil, têm estado a trabalhar juntas ao longo dos últimos dois anos, com resultados interessantes para o negócio da Mota-Engil. E aponta, a título de exemplo, os projetos ganhos em Tren Maya, no México, e em Talasa, na Colômbia.

 

"Acreditamos que esta aliança deverá continuar a trazer receitas adicionais e EBITDA para a empresa, nomeadamente na América Latina, permitindo uma importante desalavancagem do balanço", remata o analista Artur Amaro.

 

Apesar das boas perspetivas para esta aliança, o CaixaBI reviu em baixa as suas estimativas para as receitas consolidadas da empresa em 4% e em 4,2% para o EBITDA consolidado, para o período de 2021 a 2023. "Estamos um pouco mais otimistas para a Europa em termos de crescimento das receitas, ao passo que estamos mais pessimistas para África e América Latina", diz o banco.

 

As ações da construtora seguem a desvalorizar 1,55% para 1,334 euros, arrastadas pelo sentimento negativo na praça lisboeta. Face à cotação atual, o target de dois euros do CaixaBI confere um potencial de subida de 49,9% aos títulos.

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