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CaixaBank/BPI corta estimativas para a Sonae e reduz preço-alvo
Apesar do corte no target, os analistas ainda antecipam um potencial de subida de mais de 50% nas ações.
O CaixaBank/BPI cortou o preço-alvo para as ações da Sonae de forma a refletir a extensão do horizonte temporal da análise para 2021 e a revisão em baixa das estimativas de resultados da empresa para o período 2020/2022.
Numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, os analistas descem o "target" para as ações de 1,45 para 1,10 euros, mantendo a recomendação de "comprar".Tendo em conta o valor de fecho da última sessão, de 71,2 cêntimos, a nova avaliação ainda confere aos títulos um potencial de subida de 54,5%.
Na nota de research, o CaixaBank/BPI refere que o primeiro trimestre mostrou que o retalho alimentar (Sonae MC) foi positivamente afetado pela pandemia da covid-19, "com a sua esmagadora quota de mercado no online a ajudar [a empresa] a superar os pares", enquanto o impacto na eletrónica/Worten tem sido e deverá continuar a ser "limitado". No entanto, o encerramento das lojas e dos centros comerciais penalizará a área de vestuário e a Sonae Sierra.
Além do impacto da pandemia, os analistas cortaram as estimativas para a Sonae de forma a acomodar um cenário macro mais adverso,com destaque para o retalho alimentar, onde esperam uma descida das margens de EBITDA face a 2019.
Todos estes fatores resultaram num corte médio de 13% nas estimativas para o EBITDA em 2020/2022, que está refletido no ajustamento da avaliação das ações.
Segundo o CaixaBank/BPI, o EBITDA deverá cair de 599 milhões em 2019 para 525 milhões em 2020 e voltar a subir para os 602 milhões em 2021 e 613 milhões em 2022.
Já o lucro por ação deverá diminuir de 8 cêntimos em 2019 para 3 cêntimos este ano, 6 cêntimos em 2021 e 7 cêntimos em 2022.
As ações da Sonae estão a valorizar 0,28% para 71,4 cêntimos.