O BPI reviu em baixa a avaliação dos CTT de 8,85 euros para 8,70 euros para 2015, o que corresponde a um corte de 1,7%, mas confere às acções um potencial de valorização de 15,3% face ao valor actual dos títulos (7,547 euros).

A casa de investimento manteve a recomendação de "core buy", ou seja os CTT estão na lista das cotadas cuja recomendação é de "compra convicta".

"Depois de um bom conjunto de resultados" o BPI reviu em alta a estimativa para o EBITDA dos CTT em 4%, para o período entre 2014 e 2017, ao mesmo tempo que reduziu o investimento de capital deste ano em cinco mil euros, excluindo o Banco Postal.

Mas se estes dados são positivos para a empresa, os analistas do BPI vêem agora "menos espaço para reduções" de custos, devido essencialmente o Banco Postal e ao maior crescimento dos serviços financeiros. Ainda assim, o BPI realça que os CTT continuam a ser "atractivos".

"Apesar de estarmos em modo ‘esperar para ver’ no que se refere ao Banco Postal", a decisão de avançar com este projecto "pode levar a unidade de serviços financeiros", que já conta com uma "margem alta", "para outro nível", realça a casa de investimento na nota de análise divulgada esta quarta-feira, 12 de Novembro.

No dia 4 de Novembro, os CTT revelaram que vão avançar efectivamente com o Banco Postal, considerando que existe actualmente uma oportunidade de mercado, numa referência, ainda que indirecta, ao que aconteceu ao BES.

As acções dos CTT descem 0,04% para 7,547 euros. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.