O BPI cortou a avaliação da Nos de 8,00 euros para 6,70 euros por acção e reduziu a recomendação de "comprar" para "neutral". O novo preço-alvo, que representa um ganho potencial de 16% face à actual cotação, reflecte a actualização das estimativas da empresa, principalmente o aumento do investimento.

O banco reviu as estimativas para a empresa, após a apresentação dos resultados do quarto trimestre, revela a nota para investidores, publicada esta terça-feira. "A grande notícia da conferência foi o aumento das despesas de capital ("capex") para 2018, de 245 milhões para 300 milhões de euros", escreve o analista Pedro Oliveira. Está é "a principal razão para o corte da avaliação", justifica.

Apesar do "perfil de crescimento superior" da Nos, o aumento da concorrência e dos riscos justificam o corte da recomendação para "neutral", justifica Pedro Oliveira. O analista do BPI destaca que a estratégia de preços agressiva tem "uma leitura negativa" e realça a disputa pelos direitos televisivos, a exposição a Angola e a pressão provocada pelos investimentos da concorrência como os principais riscos para a Nos. 

As acções da Nos estão a desvalorizar 2,01% para 5,765 euros, após duas sessões a avançar. Face a esta cotação, o novo preço-alvo do BPI apresenta um potencial de valorização de 16,2%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.