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BPI: Situação financeira deixa Impresa mais vulnerável a aquisição

A perspectiva de fusões e aquisições é um dos factores que justifica a recomendação de "comprar" atribuída pelo BPI às acções da Impresa.

08 de Fevereiro de 2017 às 15:17
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A deterioração da situação financeira da Impresa deixa a dona da SIC mais vulnerável a uma aquisição. A conclusão é do BPI, que numa nota de "research" com data de 7 de Fevereiro mantém a recomendação de "comprar" para a cotada, devido à perspectiva da Impresa integrar um movimento de consolidação.

 

Isto porque na frente dos resultados a Impresa tem "decepcionado", o que justificou o corte de 59% efectuado na avaliação das acções em Janeiro. O preço-alvo passou para 28 cêntimos, o que incorpora um potencial de subida de 55% o que, em conjunto com a possibilidade de ser alvo de uma aquisição, justifica a recomendação de "comprar".

 

"A situação financeira da Impresa deteriorou-se nos últimos 12 meses e está agora mais vulnerável a um movimento de fusões e aquisições que não terá necessariamente de vir de um operador de telecomunicações", refere o analista Pedro Pinto Oliveira, na nota de research a que o Negócios teve acesso.

 

O BPI recorda que têm sido persistentes os rumores do interesse da Altice em comprar a Media Capital, o que a acontecer "pode precipitar o cenário de fusões e aquisições" a envolver a Impresa.

 

Caso a companhia que controla a PT Portugal consiga integrar com sucesso a dona da TVI, tal vai "forçar uma alteração de paradigma que provavelmente vai originar uma situação em que a Impresa será um candidato a alvo", refere Pedro Pinto Oliveira, alertando contudo que "não acredita que o regulador aprove um movimento de consolidação entre um operador de telecomunicações e um player de media com um canal de televisão de sinal aberto".

 

No caso da Impresa, o BPI admite que uma proposta de aquisição poderá vir de uma companhia fora do sector das telecomunicações. Após uma queda adicional de 5% este ano, o valor de mercado da Impresa está actualmente em 30 milhões de euros.

 

Um desempenho bolsista que o BPI justifica com os indicadores financeiros "decepcionantes". As receitas desceram 14% no terceiro trimestre, o EBITDA caiu 93% para 300 mil euros e a dívida aumentou 4,1 milhões de euros e já se situa acima dos 200 milhões de euros.   

 

O negócio de televisão, que representa 75% das receitas da Impresa, foi o grande responsável pela deterioração das contas da empresa. Nas previsões para o período entre 2017 e 2019, o BPI reduziu a estimativa para o EBITDA em mais de 20% em cada ano e as receitas em cerca de 4%. A avaliação da SIC desceu 21% e o valor previsto para a dívida foi revisto em alta de 9% para este ano e de mais de 10% para os dois anos seguintes.

 

O BPI é um dos accionistas de referência da Impresa, com 4% do capital.

 

As acções da Impresa valorizam 2,27% para 18 cêntimos. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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