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BPI corta avaliação a oito cotadas nacionais e sobe cinco preços-alvo
Os analistas do BPI actualizaram as avaliações para as acções portuguesas. Houve oito cortes de preços-alvo e cinco subidas. A maior parte das cotadas tem uma recomendação de neutral.
O BPI actualizou as avaliações para as cotadas ibéricas. Na bolsa portuguesa, das 17 cotadas que os analistas do banco avaliam, houve oito descidas de preço-alvo e cinco subidas. Já no que diz respeito às recomendações as mexidas foram poucas. Houve duas melhorias e uma revisão em baixa. O banco atribui uma recomendação de neutral a mais de metade das cotadas que acompanha na bolsa portuguesa.
As maiores descidas de preço-alvo, para final de 2017, acontecerem no sector de media. Os preços-alvo da Impresa e da Cofina (que detém o Jornal de Negócios) foram revistos em baixa em 59% e 33%, respectivamente, para 0,28 e 0,46 euros. Apesar dessa descida, o BPI continua a recomendar comprar as duas cotadas, que têm o rácio entre o valor actual e os lucros mais baixos das acções acompanhadas pelo banco na Península Ibérica. O preço-alvo da Impresa está 47% acima da cotação actual da dona da SIC, enquanto a avaliação para a Cofina é 85% superior ao preço das acções.
Também a Semapa e a Mota-Engil viram as avaliações cortadas em 18% e 14%, respectivamente, para 13,55 e 1,80 euros por acção. No caso da Semapa, a recomendação foi revista em baixa de comprar para neutral, reflectindo uma "avaliação menos atractiva da Navigator" e da Secil, refere o BPI numa nota a investidores divulgada esta segunda-feira. O preço-alvo da "holding" é 4% superior à cotação actual. Já na Mota-Engil o "target" fica 9% acima do preço actual das acções. A recomendação permanece em neutral.
A Nos foi outra das cotadas em que o BPI reduziu o preço-alvo. Baixou-o em 9% para 5,80 euros por acção, deixando inalterada a recomendação de neutral. EDP, Jerónimo Martins e REN também tiveram o preço-alvo revisto em baixa, mas de forma ligeira. Para a eléctrica a descida foi de 4% para 3,25 euros, 19% acima da cotação actual. Apesar da descida do "target", a recomendação foi revista em alta de neutral para comprar.
Já para a retalhista e para a REN o corte foi de 3% e 2%, respectivamente. O preço-alvo da Jerónimo Martins é de 17 euros (9% acima do preço actual) e o da REN é de 2,85 euros (mais 11% que o valor actual). Ambas as cotadas continuam com recomendação de neutral.
Cinco cotadas com revisões em alta
A Novabase foi a cotada que teve a maior subida de preço-alvo. A revisão foi de 36% para 3,00 euros, o que motivou também uma melhoria da recomendação de reduzir para neutral. "Actualizámos os nossos números para reflectir a venda da IMS, alterações cambiais e pressupostos macro", justificam os analistas do BPI. O preço-alvo é 13% superior à cotação actual.
Também a Altri e a Sonae Capital tiveram melhorias de preço-alvo, com revisões de 11%. No caso da empresa de pasta e papel, o "target" foi melhorado para 3,90 euros. Ainda assim, fica mais de 3% abaixo da cotação actual, o que levou o BPI a manter a recomendação de reduzir. Para a Sonae Capital, o novo preço-alvo é de 1,05 euros, 50% acima do preço actual. A recomendação continua a ser de comprar. "Vemos bastante valor", defendem os analistas.
Ainda do lado das revisões em alta estiveram os preços-alvo da Galp e da EDP Renováveis. Na petrolífera, o "target" teve uma subida de 5% para 15,15 euros. No entanto, essa melhoria foi insuficiente para uma subida da recomendação, que continua em neutral. O preço-alvo é 9% superior ao preço actual das acções. Já para a EDP Renováveis, que integra a lista das preferidas ibéricas, o preço-alvo teve uma subida de 4% para 8,15 euros, um valor 42% acima da cotação actual.
Neutral é a recomendação mais comum
No total das 17 cotadas a que o BPI atribui recomendação, a nota mais dominante é a de neutral. Há nove cotadas com essa recomendação (Semapa, Navigator, Jerónimo Martins, CTT, Mota-Engil, Galp, Nos, Novabase e REN).
Sete acções têm recomendação de compra. A Corticeira Amorim e a EDP Renováveis integram mesmo a lista das preferidas ibéricas. Além destas duas empresas, o BPI tem ainda recomendação de comprar para a Sonae Capital, a Sonae, a Cofina e a Impresa. Já a Altri tem uma recomendação de reduzir.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.